Sintomas de intolerância ao glúten em bebês: saiba como identificar
Você sabia que a intolerância ao glúten também pode afetar bebês? Saiba como identificar e conheça sintomas desse problema.
Introdução
Está na fase de introdução alimentar e desconfia que seu bebê possa ter intolerância ao glúten?
Sabemos que os cuidados com a alimentação do bebê fazem parte da rotina dos pais, principalmente nos casos em que há alguma restrição alimentar.
É o que ocorre em relação à intolerância ao glúten, que é uma condição que pode afetar pessoas de qualquer idade. O glúten é uma proteína presente em cereais como trigo, aveia, centeio e cevada, e em muitos alimentos derivados desses grãos.
Para entender mais sobre o glúten e como ficar atento aos sintomas que a intolerância pode gerar no corpo dos bebês acompanhe este conteúdo.
Boa leitura!
O que é o glúten?
O glúten é a combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina, encontradas dentro de grãos de trigo, cevada e centeio, mais precisamente no endosperma, a reserva nutritiva do embrião da planta.
A formação do glúten ocorre quando se adiciona água à farinha de trigo, por exemplo. A partir desse momento, seus dois componentes (gliadina e glutenina) se aglomeram para formar a massa.
Depois desse processo, o glúten é responsável pela elasticidade e maciez da massa do pão, por exemplo. Alguns exemplos de alimentos que contêm glúten são:
- pão;
- torrada;
- bolacha;
- biscoito;
- bolos;
- macarrão;
- pizza;
- salgadinhos;
Prestar atenção ao glúten é tão importante que, de acordo com a Lei nº. 8.543, de 23 de dezembro de 1992, as empresas de alimentos são obrigadas a informar no rótulo a presença de glúten nos seus produtos.
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Por que alguns bebês desenvolvem intolerância ao glúten?
A intolerância ao glúten pode afetar pessoas de qualquer idade, inclusive bebês na fase de introdução alimentar. A partir do momento em que há o consumo de alimentos que contenham essa proteína, o sistema imunológico pode reagir de forma anormal e causar uma inflamação no intestino delgado.
Essa inflamação danifica as vilosidades, que são estruturas responsáveis pela absorção de nutrientes. Como resultado, o bebê pode ter dificuldades para crescer e se desenvolver adequadamente.
Como a doença não tem cura, em caso de diagnóstico de intolerância, os pais e cuidadores devem evitar, de acordo com a indicação de um nutricionista e ou um pediatra, oferecer aos bebês qualquer tipo de alimento que contenha o glúten.
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Quando surge a intolerância ao glúten?
A intolerância ao glúten deixou de ser vista como apenas uma doença única. Segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA), existem duas divisões na hipersensibilidade ao glúten: a celíaca e a não-celíaca.
A doença não-celíaca simplesmente dificulta a digestão da substância ou a impede totalmente, o que pode causar sintomas como as dores intestinais.
Por outro lado, a celíaca desencadeia uma reação imunológica ao glúten, sendo geralmente a que provoca danos mais graves e a que exige outros cuidados específicos em um quadro geral, com danos permanentes ao intestino delgado, sendo uma possibilidade em caso de uma reação séria.
É dessa dificuldade de digerir o glúten normalmente que as duas doenças surgem, estando presentes desde o nascimento, mas podendo se manifestar em qualquer idade, desde a primeira infância até durante a vida adulta.
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Como saber se meu bebê tem intolerância ao glúten?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é importante sempre ter atenção a qualquer alteração, tanto em exames quanto em comportamentos fisiológicos, como cocô e xixi, pois não há uma idade pré-determinada para que uma pessoa passe a ter intolerância ao glúten.
No caso de bebês, não são sintomas exclusivos, mas podem ser confundidos com uma grande variedade de doenças estomacais e digestivas.
Se houver alguma suspeita, os pais devem levar o bebê para uma consulta ao pediatra de confiança para saber se realmente o filho pode ser celíaco.
Quais são os sintomas de intolerância ao glúten em bebês?
A intolerância ao glúten em bebês pode apresentar sintomas que geralmente surgem após a introdução dos cereais na alimentação complementar, por volta dos seis meses de idade.
No entanto, é importante destacar que esses sintomas não são facilmente identificados apenas visualmente, sendo necessários exames de sangue para um diagnóstico preciso. Alguns sinais que podem indicar a intolerância ao glúten incluem aumento de plaquetas no sangue e anemia por deficiência de ferro.
Portanto, é fundamental realizar exames laboratoriais para identificar esses sintomas e consultar um médico especializado para obter um diagnóstico adequado.
Outros sinais comuns de intolerância ao glúten em bebês incluem:
- Diarreia frequente e volumosa;
- Vômitos persistentes;
- Irritabilidade e falta de apetite;
- Perda de peso ou dificuldade para ganhar peso;
- Barriga inchada e dolorida;
- Problema com a coagulação do sangue;
- Transtornos como dislexia, hiperatividade e autismo;
- Diminuição da massa muscular e atraso no crescimento;
- Defeito nos dentes e no esmalte dentário.
A intolerância ao glúten é uma doença crônica e sem cura, mas pode ser controlada com uma dieta livre dessa proteína.
O diagnóstico da intolerância ao glúten nos bebês pode ser feito por meio de exames de sangue, fezes, urina e biópsia intestinal. É importante consultar um pediatra e um nutricionista se os suspeitarem que o filho tenha intolerância ao glúten.
Dessa maneira, o tratamento adequado pode prevenir complicações futuras e garantir uma melhor qualidade de vida para o bebê.
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Conclusão
Neste conteúdo, você teve a oportunidade de conhecer mais sobre a intolerância ao glúten em bebês e os sinais que podem indicar essa condição.
É importante destacar que o desenvolvimento dessa intolerância pode ocorrer nos primeiros meses de alimentação do bebê, mas é algo que pode ser identificado por meio de exames de sangue e observação de outros sintomas.
Ao reconhecer os possíveis sintomas e sinais de intolerância ao glúten, você estará melhor preparado para buscar orientação especializada, como a de um nutricionista ou pediatra, para adequar a dieta do seu bebê e garantir uma alimentação saudável e segura.
Lembre-se de que cada criança é única, e é fundamental ter um acompanhamento individualizado para atender às necessidades específicas do seu pequeno(a).
O Nestlé Baby&Me compartilha conteúdos direcionados à Nutrição, alimentação e saúde do bebê. Não deixe de aproveitar esses recursos e fique por dentro de informações importantes para garantir a saúde do seu bebê.
Referências
Ministério da saúde. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_criancas_meno…;
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