Como aumentar a produção de leite rapidamente

Como aumentar a produção de leite materno: dicas e orientações

0 a 2 anos
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Jul 14, 2023
9mins

Confira algumas dicas de como aumentar a produção de leite materno e outros sinais de alerta que podem afetar a nutrição do seu bebê. Leia mais!

O início da etapa de amamentação gera muitas dúvidas à mãe. É comum que, nesta fase, muitas delas acreditem que não estão produzindo leite suficiente para nutrir o bebê, e acabem se frustrando, mesmo se o volume de produção estiver adequado.

Por isso, existem medidas bem simples que ajudam a aumentar a produção do leite, como, começar a amamentar logo na primeira hora de vida do bebê, fazer a pega correta e oferecer as duas mamas.

Em meio ao aumento de tarefas com a chegada do bebê, as mães devem pedir ajuda para a rede de apoio para evitar problemas de saúde, já que alguns deles podem provocar a diminuição da produção de leite.

A seguir, o Nestlé Baby&Me fala sobre como aumentar a produção de leite materno e outros sinais de alerta para a saúde do bebê.

Boa leitura!

LEIA MAIS: Chás para quem está amamentando: o que tomar e o que evitar 

Como aumentar a produção de leite materno?

A fórmula é simples: normalmente quanto mais a criança mama, mais leite é produzido. Lembrando que, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde, a amamentação deve ser exclusiva até o sexto mês de vida do bebê e sob livre demanda

Sendo assim, já no sexto mês de amamentação exclusiva, a mulher produz, em torno de, 800 ml por dia. Isso significa que ela, geralmente, produz mais leite do que a quantidade que o bebê precisa para ficar satisfeito.

Outros fatores ajudam a produzir mais leite também:

Amamentar na primeira hora de vida do bebê

Uma das primeiras medidas que podem favorecer a produção de leite é amamentar o bebê logo após o parto, preferencialmente na primeira hora de vida. Isso porque, nesse momento, ocorre a liberação de ocitocina, um hormônio que estimula as contrações uterinas e a saída do colostro, o primeiro leite produzido pela mãe. 

O colostro é rico em proteínas, anticorpos e fatores de crescimento, e ajuda a proteger o bebê contra infecções e alergias. Além disso, ao sugar o colostro, o bebê envia sinais para o cérebro da mãe, que passa a produzir mais leite.

Ingerir bastante líquido

Outra dica importante é que a mãe precisa se manter bem hidratada durante todo o período de amamentação. A produção de leite depende da ingestão adequada de líquidos, especialmente de água, que compõem cerca de 88% do leite materno.

O ideal é que a mãe consuma ao menos dois litros de água por dia, ou mais se sentir sede. Também é recomendado evitar bebidas alcoólicas, cafeinadas ou açucaradas, pois elas podem prejudicar a qualidade do leite e causar desidratação.

Amamentar com ambos os seios e esvaziar as mamas

Para estimular a produção de leite, é fundamental que a mãe ofereça ambos os seios ao bebê a cada mamada, e procure esvaziar as mamas completamente. Isso porque o leite materno é produzido sob demanda: quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. 

É importante que o bebê esgote todo o leite do primeiro seio antes de trocar para o outro, pois a concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, ele irá consumir tanto o leite anterior, mais diluído e rico em lactose, quanto o leite posterior, mais concentrado e rico em gordura.

Além disso, ao esvaziar as mamas, a mãe evita o acúmulo de leite nos ductos mamários, que pode causar ingurgitamento (inchaço), mastite (inflamação) ou abscesso (infecção).

Pega correta

A pega correta do bebê ao seio é essencial para uma boa amamentação. A pega correta significa que o bebê abocanha não apenas o mamilo, mas também parte da aréola (a parte mais escura ao redor do mamilo), formando um bico com os lábios.

Dessa forma, ele consegue extrair mais leite com menos esforço e evitar ferimentos na mama da mãe. A pega incorreta pode causar dor, rachaduras ou fissuras nos mamilos da mãe, além de dificultar a saída do leite e reduzir a produção de leite.

Amamentar sob livre demanda

Outra recomendação é amamentar o bebê sempre que ele quiser ou demonstrar sinais de fome, sem seguir horários ou intervalos pré-estabelecidos. Essa prática é chamada de amamentação sob livre demanda e ajuda a regular a produção de leite conforme as necessidades do bebê.

Alguns sinais de fome do bebê são: choro, agitação, sucção dos dedos ou da língua, busca pelo seio ou abertura da boca. Não se deve esperar que o bebê chore para oferecer o peito, pois isso pode indicar que ele já está muito faminto e irritado.

Esvazie as mamas regularmente

Se por algum motivo a mãe não puder amamentar o bebê diretamente no seio, se ele estiver internado ou se ela precisar voltar ao trabalho, por exemplo, ela pode retirar o leite de forma manual ou usar uma bombinha para extraí-lo e armazená-lo em frascos esterilizados na geladeira ou no freezer. 

Essa prática também ajuda a estimular a produção de leite e a evitar problemas como o ingurgitamento e a mastite. Recomenda-se que a mãe faça o processo de retirada do leite sempre que necessário, principalmente após o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias, causando desconforto. 

Não pule mamadas

Uma das principais causas da diminuição da produção de leite é pular mamadas ou substituir o leite materno por outros alimentos ou líquidos antes dos seis meses de idade do bebê. Isso porque quando a mama fica cheia por muito tempo sem ser esvaziada pelo bebê ou pela bombinha, o organismo entende que há excesso de leite e reduz sua produção.

Além disso, oferecer outros alimentos ou líquidos ao bebê antes dos seis meses pode comprometer a nutrição, a imunidade e o desenvolvimento da criança, pois nenhum alimento é capaz de substituir os benefícios do leite materno nessa fase.

Fale com seu médico sobre medicamentos

Algumas mulheres podem precisar tomar medicamentos durante a amamentação. No entanto, alguns medicamentos podem interferir na produção ou na qualidade do leite materno, além de causar efeitos colaterais no bebê. 

Por isso, é importante que a mãe consulte seu médico antes de tomar qualquer medicamento, seja ele prescrito ou não, e informe-o sobre sua condição de lactante. O médico poderá avaliar os riscos e os benefícios do uso do medicamento e indicar a dose adequada e o tempo de uso.

Busque ajuda de um(a) consultor(a) de amamentação

Por fim, se mesmo seguindo todas essas dicas a mãe tiver dificuldades para produzir leite suficiente para seu bebê, ela pode buscar ajuda profissional de um(a) consultor(a) de amamentação. Esse(a) profissional é especializado(a) em orientar e apoiar as mães no processo de amamentação, desde o pré-natal até o desmame.

Ele(a) pode avaliar as possíveis causas da baixa produção de leite, como problemas hormonais, anatômicos ou emocionais, e sugerir soluções personalizadas para cada caso. 

Além disso, ele(a) pode ensinar técnicas e posições adequadas para amamentar, resolver dúvidas e oferecer suporte psicológico à mãe.

LEIA MAIS: Amamentar emagrece? Como emagrecer no pós-parto e amamentando?

Como os galactagogos podem aumentar a produção de leite?

Galactagogos são substâncias que podem aumentar a produção do leite materno e podem levar ao aumento do hormônio responsável pelo leite, chamado prolactina. 

Aliado ao uso de galactagogos, é importante manter uma frequência de mamadas, evitando que ocorra empedramento de leite, por conta do aumento da produção de leite.

É importante estar ciente dos possíveis efeitos colaterais e observar se há aumento no volume de leite e no ganho de peso do bebê. 

É sempre recomendado buscar orientação do seu médico antes de começar a utilizar os galactagogos. Somente um profissional de saúde saberá indicar a melhor recomendação para você.

LEIA MAIS: Alimentação adequada na amamentação: veja dicas

Fatores que podem diminuir a produção de leite 

A produção de leite materno é um processo complexo que depende de vários fatores, tanto fisiológicos quanto ambientais. Algumas situações podem interferir na quantidade e na qualidade do leite produzido pela mãe, prejudicando a amamentação e a saúde do bebê. Neste post, vamos abordar alguns dos principais fatores que podem diminuir a produção de leite e como combatê-los.

Problemas de saúde

Alguns problemas de saúde da mãe podem afetar a produção de leite, especialmente se não forem tratados adequadamente. Entre eles, podemos citar:

Diabetes, ovário policístico ou pressão alta: essas condições podem alterar o equilíbrio hormonal e dificultar a descida do leite.

Infecções mamárias: a mastite ou a candidíase podem causar dor, inflamação e obstrução dos ductos lactíferos, reduzindo o fluxo de leite.

Cirurgias mamárias: a redução ou o implante de silicone podem comprometer o tecido glandular ou os nervos responsáveis pela produção e ejeção do leite.

Para evitar esses problemas que possam diminuir a produção de leite, é importante que a mãe faça um acompanhamento pré-natal adequado, consulte um médico caso tenha algum sintoma ou desconforto, e siga as orientações para não provocar problemas nos primeiros meses de vida do bebê.

Estresse

O estresse é um dos maiores inimigos da amamentação. O excesso de preocupações, cobranças, ansiedade, depressão pós-parto ou sobrecarga física e emocional podem inibir a produção de ocitocina, o hormônio responsável pela ejeção do leite. Além disso, o estresse pode reduzir o apetite da mãe, levando à desnutrição e à desidratação, que também afetam a produção de leite.

Para combater o estresse, é essencial que a mãe tenha apoio do companheiro, da família e de profissionais de saúde. Ela deve buscar um lugar tranquilo, confortável e agradável para amamentar, sem pressa ou interrupções.

Ela deve também reservar um tempo para cuidar de si mesma, praticar atividades relaxantes, dormir bem e se alimentar adequadamente. Se necessário, ela deve procurar ajuda psicológica para lidar com seus sentimentos e emoções.

Uso de medicamentos

Alguns medicamentos podem interferir na produção de leite materno, principalmente os que contêm pseudoefedrina, como alguns remédios para alergias ou sinusite. Outros medicamentos que podem diminuir o leite são alguns tipos de anticoncepcionais que contêm estrogênio e progesterona, os diuréticos e os anti-histamínicos.

Antes de tomar qualquer medicamento, a mãe deve consultar seu médico ou farmacêutico sobre a segurança e a compatibilidade com a amamentação. Ela deve também ler a bula e verificar se há alguma contraindicação ou precaução. 

Se possível, ela deve optar por medicamentos naturais ou alternativos que não afetem o leite, sempre por indicação do médico de confiança.

LEIA MAIS: O que é uma dieta saudável durante a amamentação?

Conclusão

A produção de leite materno é influenciada por vários fatores que podem aumentá-la ou diminuí-la. A mãe deve estar atenta aos sinais de baixa produção de leite e procurar ajuda profissional se necessário. 

Ela deve também seguir algumas dicas para manter uma boa produção de leite, como, por exemplo, cuidar da sua saúde física e emocional, evitar o estresse, consultar seu médico sobre o uso de medicamentos, amamentar em livre demanda, entre outros.

É importante que as mães se atentem para o fato de que amamentar é um ato de amor que beneficia tanto a mãe quanto o bebê. Não desista!
O Nestlé Baby&Me tem uma série de conteúdos, com orientações de especialistas da área da saúde, que tratam sobre a amamentação. Acesse já!

As orientações acima não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar seu profissional de saúde para obter orientações individualizadas.

Referências:

Biblioteca Virtual em Saúde. Quais as orientações para as mães que estão amamentando e que estão com baixa produção de leite materno? Disponível em: <https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-as-orientacoes-mais-adequadas-para-as…;

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_da_crianca_20…;  

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos…;

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