Adenomiose: causas, sintomas e opções de tratamento para essa condição uterina
Conheça a adenomiose, suas causas, sintomas e as opções de tratamento disponíveis para lidar com essa condição uterina.
Introdução
Muitas mulheres têm sintomas como sangramento menstrual intenso, cólicas e dores pélvicas. Diante dessas situações, surgem dúvidas se há algum fator impactando na saúde ginecológica, uma vez que esses sintomas constantemente são associados a uma condição chamada adenomiose, a qual afeta o útero e pode trazer desconforto significativo para as mulheres. Não se preocupe, estamos aqui para esclarecer tudo sobre a adenomiose!
Neste artigo, exploraremos detalhadamente o que é adenomiose, discutiremos os sintomas que podem estar associados a essa condição, analisaremos os fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento, apresentaremos diferentes opções de tratamento disponíveis e vamos esclarecer a diferença entre adenomiose e endometriose – uma condição semelhante.
Continue a leitura!
O que é adenomiose?
A adenomiose é uma condição ginecológica benigna que se caracteriza pela presença anormal de tecido endometrial no interior da musculatura uterina, conhecida como miométrio. O endométrio é o revestimento interno do útero, que naturalmente varia em espessura ao longo do ciclo menstrual e é eliminado durante a menstruação.
Quando uma mulher sofre de adenomiose, partes do endométrio começam a crescer e se infiltrar na parede muscular do útero. Essas áreas passam a comportar-se como o endométrio normal, crescendo e descamando durante o ciclo menstrual. Isso leva a um espessamento anormal dos tecidos dentro do miométrio, bem como a um sangramento interno durante a menstruação, o que resulta em irritação e desconforto.
Tipos de adenomiose
A adenomiose é categorizada em dois tipos principais: localizada e difusa. Entenda as diferenças entre elas:
- Adenomiose localizada, também conhecida como adenomiose focal: envolve a presença de glândulas e tecido endometrial em regiões específicas do útero.
- Adenomiose difusa: abrange uma área mais ampla dentro do útero, afetando diversas partes do miométrio com a presença de glândulas e tecido endometrial.
Além dessa classificação, a adenomiose pode ser subdividida em superficial, intermediária e profunda, dependendo da profundidade das camadas musculares afetadas e do tamanho das áreas envolvidas.
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Quais são os sintomas de adenomiose?
Os sintomas associados à adenomiose uterina podem variar, mas existem alguns indicadores comuns a que as mulheres devem estar atentas. Essa condição pode se manifestar de diferentes maneiras, afetando a qualidade de vida das mulheres em idade reprodutiva.
Aqui estão os sinais e sintomas mais característicos da adenomiose:
- Sangramento menstrual intenso: sangramento mais volumoso e prolongado do que o considerado normal. Esse sintoma pode levar à anemia devido à perda significativa de sangue.
- Dismenorreia: dor na região pélvica no início da menstruação.
- Dor pélvica crônica: sensação constante de desconforto na região pélvica. Essa dor pode não estar necessariamente relacionada ao ciclo menstrual e pode variar em intensidade.
É importante observar que aproximadamente um terço das mulheres com adenomiose não apresenta sintomas perceptíveis. Além disso, é relevante destacar que muitos desses sintomas podem sobrepor-se a outras condições ginecológicas.
Fatores de risco
De acordo com o Ministério da Saúde, vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver adenomiose, incluindo:
- Idade: a maior parte dos diagnósticos de adenomiose ocorre em mulheres acima dos 40 anos.
- Obesidade: o excesso de peso corporal está associado ao aumento do risco de adenomiose.
- Início precoce das menstruações: começar a menstruar em idade precoce pode ser um fator de risco.
- Cirurgias uterinas: procedimentos como cesariana, remoção de miomas ou dilatação e curetagem podem aumentar a probabilidade de desenvolver adenomiose.
- Histórico familiar: ter parentes próximos com adenomiose pode aumentar o risco.
Opções de tratamento
Quando se trata de lidar com os sintomas da adenomiose uterina, existem algumas opções de tratamento que podem ser consideradas.
A escolha da abordagem terapêutica dependerá da gravidade dos sintomas, das preferências da paciente e das condições de saúde individuais. Vamos explorar algumas opções com mais detalhes:
- Histerectomia: a remoção do útero é um tratamento a ser considerado, especialmente quando os sintomas são graves ou não respondem a outras abordagens.
- Tratamentos hormonais: terapias hormonais, como uso de contraceptivos orais combinados de estrogênio/progestina e o uso de um dispositivo intrauterino (DIU) liberador de levonorgestrel para controlar os sintomas.
Qual a diferença entre adenomiose e endometriose?
Adenomiose e endometriose são duas condições que envolvem o tecido endometrial, mas de maneiras diferentes. Entenda:
- Adenomiose: nesse caso, células do endométrio infiltram-se no miométrio, causando sangramento discreto durante o ciclo menstrual. Isso leva ao aumento do volume uterino, cólicas intensas e fluxo menstrual irregular.
- Endometriose: nesta condição, células endometriais implantam-se fora do útero, muitas vezes no peritônio. Isso pode causar inflamação crônica, aderências entre órgãos pélvicos, formação de endometriomas nos ovários e sintomas como cólicas menstruais, dores abdominais, desconforto durante o sexo e problemas de fertilidade.
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Conclusão
Até aqui, exploramos o que caracteriza a adenomiose, uma condição benigna que se manifesta pela presença anormal de tecido endometrial no miométrio uterino.
Além disso, abordamos os sintomas que normalmente surgem diante dessa condição, mas ressaltamos que nem todas as mulheres vivenciam os mesmos sintomas.
Ao explorarmos os fatores de risco, entendemos que idade, obesidade, início precoce das menstruações, cirurgias uterinas e histórico familiar podem desempenhar um papel na suscetibilidade à adenomiose.
Discutimos também as opções de tratamento, que variam desde a histerectomia até terapias hormonais, como contraceptivos orais combinados e dispositivos intrauterinos liberadores de levonorgestrel.
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As dicas não substituem uma consulta com um especialista. Consulte-se com um profissional de saúde da sua confiança para obter orientações individualizadas.
Referências
Manual MSD - versão para profissionais da saúde. Adenomiose uterina. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%…;
Ministério da saúde. Adenomiose: SUS realizou 11.463 procedimentos ambulatoriais em 2021. Disponível em: <https://aps.saude.gov.br/noticia/16717>
Secretaria de Estado de Saúde Governo do estado de Goiás. Dismenorreia. Disponível em: <https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/7589-dismenorreia>
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