10 dicas para reformular pensamentos negativos – porque eles afetam todos os pais
Pensamentos negativos são completamente normais, mas eles podem nos fazer duvidar da nossa jornada como pais. Siga nossas dicas para ajudá-lo a reformulá-los agora.
Precisa de ajuda para reformular pensamentos negativos? Desde a preocupação “eu não amo meu bebê” até o pensamento “sinto falta da minha antiga vida” e a preocupação “não sei como ser pai”, esses pensamentos que atrapalham a parentalidade podem ser perturbadores. Mas fique tranquilo: eles são completamente normais. Siga nossas dicas sobre como reformular esses pensamentos negativos, para que você possa continuar com o que é bom.
Sumário:
- Reformule: “Eu não amo meu bebê”
- Reformule: “Eu não sei como ser pai”
- Reformule: “Pedir ajuda é sinal de fraqueza”
- Reformule: “A amamentação pode ser desafiadora”
- Reformule: “Sinto falta da minha antiga vida”
- Reformule: “Sou egoísta por colocar minhas necessidades à frente das do meu bebê”
- Reformule: “Eu gostaria que meu bebê agitado fosse mais fácil”
- Reformule: “Estamos atrasados com os marcos do nosso bebê, algo deve estar errado”
- Reformule: “Eu sinto culpa maternal por trabalhar e não cuidar do meu bebê”
- Reformule: “Estou me sentindo sozinha depois de ter um bebê, quando deveria estar me sentindo grata”
1. Reformule: “Eu não amo meu bebê”
Nós já vimos isso nos filmes, mas nem todos os pais se apaixonam instantaneamente por seu recém-nascido. Seu sentimento dominante pode ser de exaustão, o que pode fazer tudo parecer um pouco surreal. Os pais que passaram por uma gravidez difícil, parto traumático, problemas de fertilidade ou perda anterior de bebê podem ter dificuldade em aceitar que seu bebê está aqui. Portanto, dê um tempo se você não sentir uma conexão instantânea e estiver se preocupando com a ideia de “eu não amo meu bebê” – é completamente normal que seu vínculo se desenvolva gradualmente ao longo do tempo, à medida que você se ajusta à sua nova vida juntos. É claro que esses sentimentos também podem acontecer um pouco mais tarde, quando a privação do sono e as pressões da parentalidade aparecem. Se tiver depressão pós-parto, fale com o seu profissional de saúde, que pode te aconselhar. Dica: foi provado que ter contato pele a pele com seu bebê ajuda na criação de vínculos e melhora a saúde mental, então por que não experimentar a massagem do bebê? Você também pode tentar colocar seu pequeno em um “sling”.
2. Reformule: “Eu não sei como ser pai”
Quando você tem seu primeiro bebê, é muito comum sentir-se em estado de choque, devido à enormidade de novas responsabilidades que começam a aparecer. Muitos pais entram em pânico por não serem especialistas e se preocupam “Eu não sei como ser pai”. Em uma pesquisa conduzida pela Nestlé com 8.000 novos pais em 16 países diferentes, foi revelado que 43% das mães e pais em todo o mundo acreditam que se tornar pais foi mais difícil do que eles pensavam que seria. Esse ponto de dor foi particularmente alto na Nigéria, onde 62% dos pais acharam mais difícil do que estavam imaginando. Na Suécia, apesar de ter uma atitude positiva para os pais e bons sistemas de apoio, os pais muitas vezes questionam sua própria tomada de decisão, colocando seus níveis de confiança na parte inferior da escala global (Visite https://www.theparentingindex.com para saber mais). O ponto é, a cada bebê que nasce, nascem também novos pais – e você não deveria esperar que seu bebê saiba como andar e falar assim que entram no mundo, então porque você deveria saber exatamente o que fazer quando o assunto é parentalidade? A realidade é que, embora parte disso possa se resumir à intuição, muito será aprendido na prática.
Dica: dê a você e ao seu bebê tempo para se conhecerem e lembre-se de que não existe parentalidade perfeita – cometer erros faz parte do processo de aprendizado. Fale com o seu profissional de saúde, se estiver preocupado com algo em específico, e com outras mães e pais, que também podem compartilhar de seus pensamentos e preocupações.
3. Reformule: “Pedir ajuda é sinal de fraqueza”
Já ouviu falar do velho ditado, “é preciso uma aldeia para criar uma criança?” Bem, isso é porque a parentalidade é difícil e em muitas culturas ao longo do tempo tem sido uma responsabilidade compartilhada. Ao reformular pensamentos negativos, pode ser útil lembrar que pedir ajuda não é sinal de fraqueza. Pelo contrário, mostra força. Uma verdade universal que foi coletada por meio do The Parenting Index é que os pais com fortes laços familiares tendem a se sair melhor em situações nas quais é necessário confrontar novas realidades. Um ponto muito positivo, que pode ser percebido a partir desse fato, é que atualmente há mais crianças crescendo em lares multigeracionais, o que garante aos pais acesso a um apoio extra. No México, as avós, em particular, costumam dar apoio tanto à mãe quanto à criança, o que pode contribuir para que os pais aqui sintam menos pressão do que em muitos outros países. Dica: se a oferta de ajuda não estiver de acordo com a forma como você gosta de fazer as coisas, não tenha medo de dizer e fique atento à “ajuda” que vem na forma de julgamento – pois isso pode aumentar o estresse e a ansiedade, e até mesmo a vergonha e a culpa. É importante encontrar uma rede de apoio que o capacite a se sentir bem com suas decisões como pais – porque você sabe o que é melhor.
4. Reformule: “A amamentação pode ser desafiadora”
Para algumas mulheres, a amamentação é a maneira descomplicada de alimentar o bebê, para outras, pode ser um trabalho que exige muita perseverança, o que pode se transformar em um sentimento de culpa. Em apenas cinco dias de amamentação, você queimará aproximadamente o mesmo número de calorias necessário para correr uma maratona. E como o treinamento de maratona, a amamentação pode exigir um pouco de prática. Dica: A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida, e a sua manutenção até os dois anos de idade ou mais. Se você estiver com dificuldade no momento de amamentar procure um grupo de apoio à amamentação ou um consultor de lactação para ajudá-lo encontrar seu ritmo.
5. Reformule: “Sinto falta da minha antiga vida”
Quando você está lutando contra a privação do sono e a exaustão emocional, é perfeitamente compreensível sentir nostalgia de sua antiga vida – e das oito horas de sono que costumava ter – e se arrepender de como alguns elementos da maternidade são desafiadores. Além de pensar: “Sinto falta da minha antiga vida”, você também pode sentir falta da pessoa que costumava ser, em todas as suas várias identidades – parceira, colega, amiga, filha – e sentir que ser mãe ofuscou tudo isso. Mas sentir a perda de sua antiga vida não significa que você é uma mãe ruim ou que desistiria do que tem agora. Significa apenas que você é normal – e a chave para reformular os pensamentos negativos é continuar se lembrando disso. Dica: há um tabu em admitir qualquer tipo de arrependimento quando se trata de parentalidade, mas sofrer em silêncio pode levar a sentimentos de isolamento. Compartilhar suas lutas com outras amigas mães ajudará você a se sentir menos sozinha, pois elas também podem estar se sentindo da mesma maneira.
6. Reformule: “Sou egoísta por colocar minhas necessidades à frente das do meu bebê”
Embora nem sempre pareça, você ainda é a mesma pessoa com necessidades e desejos individuais. É perfeitamente normal, ocasionalmente, desejar uma hora para si mesmo, mas isso também pode fazer você se sentir culpado por colocar suas necessidades em primeiro lugar. Lembre seu crítico interno de que não é egoísta cuidar de sua própria saúde física e mental, pois seu bem-estar também importa. E, finalmente, sentir-se revigorado após uma pausa ajudará você a cuidar melhor do seu bebê, para que todos sejam vencedores. Dica: não importa o que você faça – um banho, uma caminhada, um livro – mas reserve um tempo só para você a cada semana, para que você possa se reconectar consigo mesmo. Leia nossas dicas de autocuidado pós-parto para mais ideias.
7. Reformule: “Eu gostaria que meu bebê agitado fosse mais fácil”
Você pode pensar que seu bebê chora mais do que os outros, ou que ele dorme e come mal, rotulando-o de “bebê agitado” ou “bebê de alta necessidade”. Porém, tente lembrar que isso não é um diagnóstico médico, é mais uma questão de mentalidade. Pode ser útil redefinir suas expectativas e as ideias que você tinha sobre seu bebê. Por exemplo, na China, os pais exercem intensa pressão sobre si mesmos para garantir que seu bebê seja feliz. Mas é inevitável que os bebês passem por períodos agitados, até certo ponto, independentemente do esforço feito. Essa incompatibilidade entre expectativa e realidade pode explicar por que os pais chineses são os menos propensos a dizer que têm um bebê fácil. Não há dúvida de que lidar com um bebê chorando pode ser emocional e fisicamente exaustivo para você, portanto, não se sinta mal por desejar que o período difícil chegue ao fim - isso não significa que você ama menos seu bebê. E fique tranquilo que essa situação incômoda passará assim que a necessidade do seu bebê – seja ela fome, doença ou cansaço, por exemplo – seja resolvida. Dica: tente não comparar seu filho com outros bebês e lembre-se de que as fotos perfeitas da parentalidade que você vê no Instagram não mostram toda a verdade. E conte sempre com o acompanhamento próximo e periódico de um pediatra.
8. Reformule: “Estamos atrasados com os marcos do nosso bebê, algo deve estar errado”
Todos os bebês são únicos e se desenvolvem em seu próprio ritmo, no modo em que se movem, falam, aprendem, brincam e se comportam. Alguns podem estar conversando desde cedo, mas podem levar mais tempo para dominar habilidades grosseiras, como andar, ou vice-versa. Embora seja fácil se preocupar se seu filho parece estar se desenvolvendo mais devagar do que os outros, tente não se fixar muito em marcos. No México, as expectativas das mulheres evoluíram nos últimos anos em direção a uma ideia mais flexível de maternidade, onde não há teorias específicas a serem seguidas ou marcos a serem atingidos, reconhecendo que nem todas as crianças são iguais. Isso pode ajudar a explicar por que os pais desse país sentem relativamente pouca pressão em comparação com outros países. Dica: se você estiver preocupado, fale com seu profissional de saúde para tranquilizá-lo e descobrir se há algum suporte extra para ajudar seu filho no caminho. Tenha em mente que o progresso do desenvolvimento nem sempre é constante - ele pode apenas surpreendê-lo e dar esse salto gigante quando você menos esperar! E lembre-se, para cada vídeo de primeiros passos que você vê postado nas redes sociais, haverá muitos outros bebês lutando para se levantar, então tente não comparar.
9. Reformule: “Eu sinto culpa maternal por trabalhar e não cuidar do meu bebê”
Às vezes, voltar ao trabalho é uma necessidade para as finanças da família, às vezes é apenas algo que você precisa fazer por si mesmo - seja qual for o motivo, é válido. Muitas mães, em particular, se sentem culpadas por voltarem ao trabalho e não estarem lá para o bebê – mas você só pode estar em um lugar de cada vez, e há muito que uma pessoa pode fazer. De acordo com a pesquisa feita pela Nestlé, um em cada dois pais acredita que teve que voltar ao trabalho muito cedo após o nascimento de seu filho, e muito disso se resume ao nível de apoio à vida profissional que eles possuem, como por exemplo, licença maternidade/paternidade e creche acessível. Dica: pergunte ao seu empregador sobre a possibilidade de trabalho flexível, se você acha que isso ajudaria no malabarismo entre vida profissional e pessoal – 74% dos pais pesquisados têm esses arranjos em vigor, então certamente não é incomum. Faça sua pesquisa para garantir que você se sinta confortável com suas decisões de cuidados infantis e saiba que seu bebê está em um ambiente onde ele irá prosperar. Leia nosso artigo opções de cuidados infantis, de modo a obter os prós e contras para ajudá-lo a escolher.
10. Reformule: “Estou me sentindo sozinha depois de ter um bebê, quando deveria estar me sentindo grata”
Os novos pais estão cansados, têm pouco tempo e também podem ter pouco dinheiro. Pesquisas mostram que 62% dos pais em todo o mundo dizem que criar um filho tem um forte impacto nas finanças da família. Estas são apenas três das muitas razões pelas quais você provavelmente não está socializando tanto quanto costumava. Portanto, não é surpreendente que você esteja se sentindo sozinho – mesmo com um bebê em seus braços – e isso não é vergonhoso. Ansiar pela interação adulta não significa que você não aproveite o tempo que passa com seu bebê. Não é realista esperar que o amor que você sente por seu filho satisfaça todos os seus desejos de conexão - porque às vezes a conversa com seu bebê simplesmente não é suficiente! Dica: Sentir-se isolada como uma nova mãe é incrivelmente comum, já que 32% dos pais em todo o mundo se sentem solitários nos primeiros meses após o nascimento. Mas a boa notícia é que existem muitas maneiras de resolver isso, seja participando de um grupo de mães, indo a uma aula de ginástica com um velho amigo ou apenas indo ao café e conversando. Leia nossa lista de atividades para mães que se sentem solitárias, para mais ideias, e faça da conexão com outros adultos uma prioridade! Você merece isso.
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