Importância de uma oferta adequada de proteína e prevenção da obesidade infantil
Essa situação tem despertado uma grande apreensão para os profissionais de saúde, pois o excesso de peso repercute na qualidade de vida da criança.
Dados obtidos pelo Sistema Único de Saúde (Brasil) em 2019 demonstram que 14,8% das crianças menores de 5 anos de idade apresentavam excesso de peso e, deste percentual, 7% eram obesas,1 o que é muito preocupante, visto que crianças obesas se tornaram adultos obesos com mais frequência que as crianças de peso adequado.2
Essa situação tem despertado uma grande apreensão para os profissionais de saúde, pois o excesso de peso repercute na qualidade de vida da criança, influenciando, por exemplo, a saúde emocional e o desempenho escolar.3,4
Você sabia que o excesso de proteína na infância pode influenciar o ganho de peso de seu filho hoje e no futuro?
Pois é, pode sim. Estudos demonstraram que o consumo excessivo de proteínas, especialmente em fases precoces da vida, contribui para o desenvolvimento da obesidade infantil e futura.5
A alimentação durante a primeira infância6 deve ser equilibrada, variada e nutricionalmente balanceada, e as refeições já devem ser semelhantes à alimentação da família.7
As crianças devem consumir como fonte proteica, carnes, ovos, leguminosas (ex. feijão), além dos lácteos. Quanto à oferta láctea, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda uma ingestão média de 600 ml/dia, preferencialmente através de fórmulas infantis de primeira infância, na impossibilidade do aleitamento materno, fortificadas com vitaminas e minerais e com teor adequado de proteína.5
A oferta adequada de proteína na alimentação durante a primeira infância, assim como a qualidade das proteínas que seu filho recebe durante a infância, é fundamental, pois auxiliam na construção de uma base sólida para o futuro, apoiando no desenvolvimento do sistema imunológico e digestivo e também proporcionando um ganho de peso saudável.8,9,10
Quer conhecer mais sobre o papel da proteína no crescimento e desenvolvimento do seu filho?
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Referências
1. Ministério da Saúde. Obesidade Infantil: como prevenir desde cedo. 2020. Disponível em: https://saudebrasil.saude.gov.br/ter-peso-saudavel/obesidade-infantil-c…
2. Freedman DS, Khan LK, Serdula MK, Dietz WH, Srinivasan SR, Berenson GS. The relation of childhood BMI to adult adiposity: the Bogalusa Heart Study. Pediatrics. 2005 Jan;115(1):22-7.
3. Puhl RM, King KM. Best practice & research Clinical endocrinology& metabolism. 2013;27(2):117-27.
4. Carey FR, et al. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity. 2015;12(1): S3.
5. Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação: Obesidade na Infância e Adolescencia. 3ª ed. 2019. p.177.
6. American Academy of Pediatrics, 2019. Disponível em https://www.healthychildren.org/english/ages-stages/toddler/pages/defau… [atualizado em jul/2021].
7. Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de Alimentação da infância à adolescência. 4ª ed. 2018, p.40-41.
8. Günther ALB, Buyken AE e Kroke A. Protein intake during the period of complementary feeding and early childhood and the association with body mass index and percentage body fat at 7 y of age. Am J Clin Nutr 2007; 85:1626 –33.
9. Food and Agriculture Organization of the United States. Available at: www.fao.org/docrep/w0073e/w0073e04.htm
10.Mathai JK, Liu Y and Stein HH. Values for digestible indispensable amino acid scores (DIAAS) for some dairy and plant proteins may better describe protein quality than values calculated using the concept for protein digestibility-corrected amino acid scores (PDCAAS). British Journal of Nutrition, 2017: 117, 490-9.
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