
Obesidade em bebês: as causas e os riscos!
As causas e consequências da obesidade em bebês e a importância da promoção de hábitos saudáveis desde os primeiros meses de vida!
Atualmente, a obesidade infantil é uma das doenças mais preocupantes da infância, pois o número de crianças obesas no Brasil e no mundo cresce significativamente a cada ano.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a situação como uma epidemia de obesidade em crianças, identificando-a como um dos principais desafios de saúde pública do século XXI.
Considerando esses indicadores, não restam dúvidas de que a prevenção da obesidade infantil é a chave para mudar esse quadro. Neste artigo, exploraremos o que é a obesidade, quais são as causas e estratégias eficazes para combater esse desafio crescente que vem prejudicando o desenvolvimento das crianças.
Boa leitura!
O que é obesidade infantil?
A obesidade infantil é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em crianças com até 12 anos.
Como consequência, pode trazer complicações de saúde durante o desenvolvimento, além de uma predisposição para diversas comorbidades na vida adulta, principalmente diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
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Quando um bebê é considerado obeso?
Quando o bebê possui um Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 95 em relação à curva de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), ele é considerado obeso.
Mas o que significam essas medidas?
O IMC é uma medida que relaciona o peso e a altura, sendo capaz de avaliar o estado nutricional da criança. Esse monitoramento do crescimento da criança através da avaliação do seu peso e altura, é uma prática importante para demonstrar possíveis tendências de obesidade e garantir o bem-estar dos pequenos de forma precoce.
O que causa obesidade no bebê?
Diversos fatores contribuem para a obesidade infantil, desde hábitos alimentares até aspectos genéticos e emocionais.
Alimentação
A dieta alimentar desempenha um papel fundamental na prevenção da obesidade infantil. O consumo exagerado de alimentos industrializados e hipercalóricos pode causar o excesso de peso.
Da mesma forma, o consumo de proteínas em excesso pode aumentar o risco de obesidade. Por isso, as escolhas alimentares saudáveis e equilibradas desde a infância podem garantir um desenvolvimento físico pleno.
Sedentarismo
A falta de brincadeiras ao ar livre é outro componente significativo na equação da obesidade infantil. Atualmente, as crianças passam muito tempo em frente às telas e com isso, acabam não gastando calorias o suficiente, acarretando o sobrepeso.
Assim como a mudança no comportamento alimentar, incentivar um estilo de vida ativo desde cedo é fundamental para o crescimento saudável.
Falta de rotina de sono
A relação entre o sono inadequado e a obesidade em crianças é outra área cada vez mais estudada pelas instituições científicas.
Estudos apontam que manter uma rotina de sono regular, ou seja, respeitar o relógio biológico da criança reduz o risco de obesidade infantil, além de trazer uma série de benefícios para a saúde.
Ansiedade e/ou depressão
Questões emocionais também podem desempenhar um papel crucial na obesidade infantil. Problemas de ansiedade ou depressão podem acabar motivando compulsões alimentares e outros sintomas que prejudicam a qualidade de vida. Por isso, cuidar da saúde mental desde a infância é essencial para prevenir esse quadro.
Fatores genéticos e hormonais
Existem, ainda, fatores genéticos e hormonais que podem influenciar a predisposição à obesidade. Quando os pais são obesos, as chances do filho também ser obeso são de 70% a 80%.
A genética não é um fator determinante, mas se a criança for exposta a alimentos hipercalóricos e pouco nutritivos, provavelmente desenvolverá obesidade. Além disso, alterações hormonais têm grande influência no sobrepeso. Neste caso, uma avaliação e acompanhamento com endocrinologista é o melhor caminho.
Consequências da obesidade em bebês

O quadro de obesidade em bebês pode ser acompanhado de diversas consequências para a saúde ao longo de toda a vida, envolvendo diagnósticos de colesterol alto, pressão alta, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, além de provocar sérios impactos no desenvolvimento emocional e social da criança.
Uma vez que o bebê é envolvido com uma alimentação inadequada, o seu padrão alimentar ao longo da vida pode ser desequilibrado, contribuindo para o seu ganho de peso excessivo, prejudicando desde o seu desenvolvimento físico até o emocional, dificultando práticas de exercícios físico, envolvendo a criança em riscos de bullying e cenários de baixa autoestima.
Dados da obesidade infantil no Brasil e no mundo
O Brasil tem quase três vezes mais crianças com excesso de peso do que a média global. Enquanto o nosso país apresentou em 2022 um percentual de 14,2% de crianças obesas, a média global foi de 5,6% no mesmo período.
Na etapa da adolescência, os índices são ainda mais alarmantes. Em 2022, a média nacional apontou que 31,2% dos adolescentes estavam com excesso de peso no Brasil, enquanto a média global para esse índice foi de 18,2%.
Como reduzir os casos de obesidade, principalmente em crianças?
A prevenção tem um papel fundamental no combate à obesidade, principalmente nos primeiros anos. O primeiro passo é a conscientização e, depois, a mudança de hábitos e da rotina da família, inserindo no dia a dia práticas saudáveis.
Sinais de sedentarismo
Para prevenir a obesidade nos primeiros anos de vida, a prática de atividades ao ar livre é fundamental. No entanto, ao observar que o seu pequeno passa muito tempo sentado no sofá de olho nas telas, use estratégias para incluir atividades físicas rotineiras.
Neste caso, é muito importante que toda família adote um estilo de vida saudável, pois a influência do ambiente é um fator determinante para estabelecer novos hábitos na vida das crianças.
Excesso de proteínas
Uma dieta equilibrada, com a quantidade ideal de proteínas, lipídios e carboidratos que o corpo precisa, é fundamental para combater a obesidade. É importante ressaltar que, não apenas a alimentação da criança deve mudar, mas a da família em conjunto.
Sabendo que a alimentação saudável e equilibrada é a chave de sucesso para controlar a obesidade, vale um acompanhamento de um nutricionista infantil e apoio psicossocial. As consultas de rotina com pediatra, para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, são indispensáveis.
Evitar sucos e bebidas açucaradas
O consumo diário de bebidas açucaradas pode ser um grande causador de obesidade e sobrepeso na infância, principalmente se o contato da criança com o alimento for precoce. O açúcar, presente em refrigerantes e outros itens, é um dos grandes responsáveis pelo excesso de gordura e outras doenças.
Profissionais de saúde recomendam que a criança venha conhecer o paladar doce a partir dos 2 anos de idade, oferecendo apenas alimentos in natura. Depois dos dois anos, a dica é evitar ao máximo e deixar as bebidas apenas para ocasiões especiais.
Vitamina D
Muitos não sabem, mas a vitamina D, importante hormônio que atua em vários órgãos e sistemas, pode ter um importante papel no combate à obesidade.
A hipovitaminose D causa cansaço, desânimo, fadiga e depressão, ou seja, sintomas que muitas vezes levam os adultos e crianças a não praticarem atividade física, facilitando o ganho de peso.
Sendo assim, a suplementação da vitamina D pode ser eficiente na prevenção, pois esse importante hormônio produzido pelo organismo e ativado pela luz solar sobre a pele, é capaz de ajudar a evitar o acúmulo de gordura corporal ao gerar energia para o corpo.
Mas lembre-se, a suplementação deve ser indicada por um médico, baseado na idade e condição clínica.
Conclusão
Novamente, a família tem um papel importante no combate à obesidade infantil. Portanto, adote um estilo de vida saudável e incentive os seus filhos a terem bons hábitos de vida.
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As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde para receber orientações individualizadas.