Introdução alimentar: saiba por onde começar
Nutricionista tira dúvidas e dá dicas sobre como e quando deve ser feita a introdução alimentar dos bebês
Quando oferecer novos alimentos aos bebês? Quais são os mais indicados? E como deve ser a consistência? É preciso variar o cardápio?
São muitas as dúvidas de pais e mães sobre nutrição infantil, especialmente a respeito da introdução alimentar. Pensando nisso, o Nestlé Baby&Me convidou quem realmente entende do assunto.
A nutricionista materno infantil Maria Eugênia Deutrich fala, no segundo módulo da série sobre alimentação complementar, a respeito dos desafios dessa etapa da alimentação infantil. A introdução alimentar acontece justamente após o sexto mês de vida do bebê, visto que o primeiro semestre é o período dedicado à amamentação exclusiva da criança.
Como começar a introdução alimentar
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que durante o primeiro semestre de vida do bebê, o aleitamento materno deva ser a fonte exclusiva de alimentação do bebê, sem nenhum outro alimento, nem mesmo água.
A partir do sexto mês de vida, alimentar-se apenas do leite da mãe já não é mais suficiente para suprir as demandas nutricionais do bebê. É justamente nesse período em que as autoridades de Saúde orientam para a introdução da alimentação complementar. Ou seja, quando são adicionadas outras comidas para integrar as refeições dos bebês, cujo alimento primário segue sendo o leite materno até os 2 anos de idade ou mais.
Deutrich comenta que o líquido amniótico e o leite materno são fontes ricas em experiências sensoriais, e a exposição a diferentes aromas e sabores durante o período de gestação e amamentação podem impactar nas preferências alimentares durante a vida.
“Isso significa que, uma mãe que tem preferência por cenoura, por exemplo, durante a gestação e a amamentação, a criança pode sentir o sabor e aroma através do líquido amniótico e do leite materno, e recordar esse sabor ao iniciar a introdução da alimentação complementar e ter preferência sobre aquele alimento”, disse a nutricionista.
Por que só a partir do sexto mês?
A Sociedade Brasileira de Pediatria destaca que, a partir do 6 mês, as necessidades nutricionais já não são mais atendidas apenas pelo leite materno. Por exemplo: nessa etapa, as enzimas que facilitam a digestão já estão em quantidade suficiente para começar a introdução de alimentos sólidos. Além disso, os estoques de ferro também já foram esgotados após o primeiro semestre.
Cuidados sobre a introdução alimentar precoce e tardia
Antes de começar a dar os primeiros alimentos aos bebês, os pais precisam se atentar a alguns pontos importantes. A Dra. Deutrich aponta alguns exemplos pelos quais a alimentação complementar precoce, ou seja, antes do 6º mês, não é recomendada. São eles:
- Diminuição da duração do aleitamento materno;
- Redução dos fatores de proteção do aleitamento materno;
- Risco de contaminação no manuseio dos alimentos.
Além disso, a especialista também alerta sobre a introdução alimentar tardia. Isso pode:
- Comprometer o crescimento e desenvolvimento do bebê;
- Aumentar os riscos de anemia ferropriva e desnutrição;
- Contribuir para o desenvolvimento de alergias.
Sinais para iniciar a alimentação complementar
Além da indicação de introduzir novos alimentos a partir do sexto mês de vida do bebê, há fatores muito importantes para identificar se o bebê já se encontra apto a iniciar o processo de introdução alimentar, com risco menor de se engasgar. A nutricionista destaca alguns sinais de prontidão que precisam ser levados em consideração. Segundo ela, com 6 meses de idade espera-se que a criança:
- Consiga se manter sentada sem apoio;
- Sustente a própria cabeça e o tronco;
- Segure objetos com as mãos;
- Não tenha mais o hábito de sempre ficar com a língua para fora da boca;
- Leve a comida até a própria boca e consiga mastigá-la;
- Explore estímulos ambientais.
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O Nestlé Baby&Me tem uma série de conteúdos voltados à introdução alimentar. Acesse já!
Além disso, você também pode conferir o livro de primeiras comidinhas para bebês, com dicas de especialistas sobre quando e como começar a introdução alimentar, e sugestões de várias receitas fáceis de preparar.
Lembre-se! As orientações acima não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o pediatra ou nutricionista de seu filho para obter orientações individualizadas.
Assista ao vídeo da nutricionista Adriana Lima para saber mais sobre os sinais de prontidão para a introdução alimentar:
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