As causas e sintomas do gigantismo
Vamos falar sobre o gigantismo, uma condição médica que resulta do excesso de hormônio do crescimento durante a infância e como é feito o tratamento!
Durante a infância, as crianças podem vivenciar uma condição médica rara que envolve a produção excessiva do hormônio do crescimento, causando o gigantismo.
Levando a um crescimento acelerado e anormal das crianças, essa condição ocorre principalmente pela presença de um tumor benigno na glândula pituitária, que estimula a secreção excessiva do hormônio do crescimento, levando à estatura elevada, aumento das extremidades e características faciais alteradas nas crianças.
Prioritariamente, o tratamento do gigantismo envolve a combinação de cirurgia para remoção do tumor, terapia medicamentosa e radioterapia, visando controlar os níveis hormonais e minimizar os efeitos da doença.
Neste texto, vamos falar mais sobre o gigantismo e seus sintomas, explicando como funciona o diagnóstico e o tratamento dessa rara condição médica.
Boa leitura!
O que é uma pessoa em estado de gigantismo?
Uma pessoa em estado de gigantismo vivencia um crescimento anormal e acelerado, pelo excesso do hormônio do crescimento (GH) produzido pela glândula pituitária.
O gigantismo é uma condição médica rara que se manifesta principalmente durante a infância, sendo frequentemente causada pelo tumor benigno conhecido como adenoma hipofisário.
Os indivíduos afetados pelo gigantismo podem ter uma estatura acima da média, com alturas que podem ultrapassar 2,40 metros, além de características físicas desproporcionais, como mãos e pés grandes, mandíbula proeminente e traços faciais alterados.
Além do aumento da altura, o gigantismo também pode provocar alterações nas extremidades corporais e nos tecidos moles, levando a complicações como dores articulares, problemas cardiovasculares e metabólicos.
O que causa o gigantismo?
Como já apontamos, o gigantismo é causado principalmente por um tumor benigno na glândula pituitária, que leva à produção excessiva do hormônio do crescimento durante a infância.
Embora essa seja a causa mais comum, existem outras condições raras que podem resultar em gigantismo, aumentando os níveis de hormônio do crescimento sem a presença de um tumor, como:
- Síndrome de Weaver;
- Síndrome de Beckwith-Wiedemann;
- Síndrome de Sotos;
- Neoplasia endócrina múltipla tipo 1.
Qual a diferença entre acromegalia e gigantismo?
Apesar de ambas as condições afetarem o crescimento, a principal diferença entre acromegalia e gigantismo está relacionada à idade de início da condição e ao tipo de crescimento que ocorre.
O gigantismo acontece predominantemente em crianças e adolescentes, antes do fechamento das placas de crescimento ósseo, levando a um crescimento anormal dos ossos longos, resultando em uma estatura significativamente elevada.
Por outro lado, a acromegalia se desenvolve em adultos, geralmente entre os 30 e 50 anos, após o fechamento das placas de crescimento, não resultando em aumento da altura, mas provocando alterações nas características físicas, como o alargamento das mãos e pés, deformidades faciais e crescimento de tecidos moles.
Ambas as condições são causadas por tumores benignos na glândula pituitária, mas o impacto na estatura e o tipo de deformidades varia conforme a idade em que a condição se manifesta.
Sintomas do gigantismo
Os principais sintomas do gigantismo são:
- Crescimento extremo dos ossos longos: resulta em braços e pernas muito compridos e uma estatura acima da média.
- Aumento das características faciais: mandíbula proeminente, nariz achatado e aumento dos lábios e da língua.
- Desproporção corporal: algumas partes do corpo se tornam desproporcionais em relação ao resto do corpo.
- Atraso na puberdade: o desenvolvimento sexual pode ser retardado, com possíveis problemas no desenvolvimento dos órgãos genitais.
- Dores de cabeça: a pressão exercida pelo tumor na glândula pituitária pode levar a dores de cabeça.
- Alterações visuais: se o tumor pressionar os nervos ópticos podem surgir problemas de visão.
- Suor excessivo e cansaço: aumento da sudorese e sensação de fadiga constante.
Complicações e riscos do gigantismo
O gigantismo pode gerar várias complicações e riscos se não tratado adequadamente. Em alguns casos, pode acontecer o aumento do tamanho do coração (cardiomegalia), levando a um risco elevado de insuficiência cardíaca, potencializada pela sobrecarga que o órgão enfrenta para bombear sangue em um corpo maior.
O excesso de hormônio do crescimento também pode causar resistência à insulina, resultando em níveis elevados de glicose no sangue, o que aumenta o risco de desenvolver diabetes.
Em outros casos, o aumento do tecido mole na região da garganta, por exemplo, pode levar a dificuldades respiratórias durante o sono, resultando em apneia obstrutiva do sono.
Em todos os casos, se não tratado corretamente, o gigantismo pode reduzir significativamente a expectativa de vida do paciente devido às complicações associadas.
Como funciona o diagnóstico?
O diagnóstico do gigantismo é feito através de avaliações clínicas, exames laboratoriais e de imagem para confirmar a presença de excesso do hormônio do crescimento.
Primeiramente, o médico inicia o diagnóstico com uma anamnese detalhada e um exame físico, observando sinais de crescimento anormal, como estatura elevada e características faciais desproporcionais.
Feita a primeira avaliação, o paciente passa por um exame de dosagem dos níveis de IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina), além da medição dos níveis do hormônio do crescimento (GH) em jejum. Nesse cenário, um teste oral de tolerância à glicose também pode ser solicitado.
Após a confirmação laboratorial, exames de imagem como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) da cabeça são realizados para identificar a presença do tumor na glândula pituitária.
O diagnóstico precoce é muito importante para o sucesso do tratamento e para minimizar as complicações dessa doença.
Como acontece o tratamento?
O tratamento do gigantismo busca interromper ou reduzir a produção excessiva do hormônio do crescimento. Para isso, a cirurgia é frequentemente considerada o tratamento inicial mais eficaz, possibilitando a remoção do tumor e a redução imediata na produção de GH.
Se o tumor for muito grande ou houver risco de danos a estruturas adjacentes, a cirurgia pode não ser viável. Nesses casos, medicamentos podem ser utilizados para garantir o controle adequado dos níveis de GH.
Em outros casos, a radioterapia pode ser considerada quando a cirurgia não é possível ou quando o tumor persiste após a cirurgia, fornecendo radiação direcionada ao tumor, ajudando a controlar os níveis de GH.
Conclusão
Você já tinha ouvido falar no gigantismo? Essa condição médica rara acontece principalmente durante a infância, e envolve a criança em uma produção excessiva do hormônio do crescimento pela presença de um tumor benigno na glândula pituitária.
A alta produção do hormônio GH pode trazer consequências diversas para além do aumento da altura, como desproporção corporal que pode acarretar em atrasos na puberdade, dores diversas, alterações visuais e complicações graves envolvendo problemas cardiovasculares, comprometendo a qualidade e expectativa de vida do paciente.
Para tratar o gigantismo, a principal abordagem envolve a remoção do tumor, através de procedimentos cirúrgicos, radioterapia ou pela aplicação de medicamentos, voltados a controlar os níveis de produção do hormônio do crescimento.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
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