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Dor do crescimento: conceito, sintomas, tratamento e faixa etária em que as queixas começam

Saiba mais sobre a dor do crescimento, quais são os sintomas relatados pelas crianças, em qual idade as queixas normalmente começam e como agir diante disso. Leia mais!

5mins para ler Ago 14, 2023
Baby and Me

Revisado pela equipe científica da Nestlé

A equipe científica da Nestlé é formada por nutricionistas especializados em nutrição materno-infantil, com sólida formação técnica e anos de experiência em prática clínica.

Introdução

Está com dúvidas sobre a dor do crescimento? Quando é normal e em quais situações se preocupar? Para ajudar a esclarecer essas e outras questões relacionadas ao tema, o Nestlé Baby&Me entrevistou o Dr. Pedro Poggiali, ortopedista pediátrico com CRM: 55600-MG.

Nesta entrevista, o Dr. Pedro Poggiali aborda informações importantes sobre a dor no crescimento, explicando o que é considerado normal nesse processo, em qual idade essa dor costuma aparecer, porque as crianças sentem esse incômodo e quando pode ser necessário procurar intervenção médica.

Então, vamos lá? Boa leitura!

 

O que é dor do crescimento?

É comum que crianças apresentem queixas de dores nos membros, e na maioria das vezes, essas dores são benignas. Uma das ocorrências mais frequentes é a chamada "dor de crescimento", um termo que, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é utilizado desde o século 19 para descrever dores noturnas recorrentes nos membros.

Apesar do nome, essa condição não está relacionada diretamente com nenhuma fase específica de crescimento físico. No entanto, o termo continua sendo utilizado atualmente para diferenciá-la de outras condições que também causam dor em crianças.

A esse respeito, o Dr. Pedro Poggiali afirma que não sabemos, de fato, qual mecanismo ativa essa dor e complementa dizendo que esse incômodo pode estar associado a dores musculares ou a uma fadiga, pois “[...] crianças brincam em excesso, um excesso que faz parte do desenvolvimento, que é natural e é esperado”.

Nesse sentido, podemos também associar que o adulto quando faz uma atividade física, como ir à academia ou participar de uma corrida, também sente dor muscular ou fadiga, e que a dor, muitas vezes, não é sentida no mesmo momento. Isso também ocorre com as crianças, que são muito ativas por natureza.

 

A partir de qual idade as crianças começam a reclamar das dores?

A dor do crescimento pode ser percebida em diversas idades, mas principalmente em crianças muito ativas, que pulam, correm e brincam com intensidade.

Sobre a faixa etária em que as dores iniciam, o ortopedista pediátrico entrevistado afirma que geralmente ocorrem em “crianças de três anos em diante, podendo se apresentar também em crianças mais velhas, de dez e onze anos [...]”.

 

Qual região do corpo as crianças mais se queixam de dor?

De acordo com a SBP, a dor do crescimento raramente envolve os membros superiores, sendo mais comum nos membros inferiores e dos dois lados do corpo.

Quanto a isso, o Dr. Pedro Poggiali complementa dizendo que:

“A dor do crescimento é uma dor não localizada. Ela é uma dor inespecífica, que pode acontecer na coxa, na panturrilha, no joelho, no pé, no tornozelo [...]”.

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Como diferenciar a dor do crescimento de um problema mais sério?

Para tranquilizar os pais e cuidadores que fazem parte da vida de uma criança, o Dr. Pedro Poggiali indica que sejam analisadas as atitudes da criança e a repetição da dor:

  • Nos momentos de dor, ao conversar com a criança e ao fazer uma massagem, a dor melhora e a criança se acalma?
  • Qual a frequência da repetição do incômodo? A criança reclama de dor todos os dias?
  • No dia seguinte, quando a criança acorda, a dor persiste ou passa?

A partir desses questionamentos você consegue analisar o cenário e entender se é algo comum da idade ou algo preocupante e que necessita de avaliação médica.

O ortopedista pediátrico complementa que:

“O problema é quando a dor se torna recorrente. Na semana seguinte, a criança reclama de novo e, depois que reclama, os pais costumam ficar um pouco mais preocupados, pensando: ‘que dor é essa, que vira e mexe aparece?’”.

Portanto, nos casos em que a dor do crescimento for muito persistente e causar incômodo para a realização de atividades do cotidiano ou que impeça o repouso noturno, indicamos buscar orientação médica.

 

Como tratar as dores do crescimento?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, em 95% dos casos, as crianças vão sentir alívio após massagens. Já em outros casos, com dores mais persistentes, as crianças podem precisar de analgésicos comuns ou anti-inflamatórios, mas é importante buscar orientação do pediatra antes de administrar qualquer medicamento.

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Conclusão

Conforme vimos, a dor do crescimento é uma ocorrência comum em crianças ativas, causando incômodos e preocupações aos pais e cuidadores. Neste artigo, tivemos a oportunidade de contar com a opinião profissional do Dr. Pedro Poggiali, ortopedista pediátrico, para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto.

Foi possível compreender que a dor do crescimento não está diretamente relacionada a uma fase específica de crescimento físico, mas sim à fadiga muscular resultante de atividades intensas das crianças. Essa dor é geralmente não localizada, podendo ocorrer em diversas regiões do corpo, como coxas, panturrilhas, joelhos, pés e tornozelos.

Portanto, é fundamental que os pais e cuidadores estejam atentos ao bem-estar das crianças e saibam quando é necessário buscar orientação médica. O Nestlé Baby&Me tem o compromisso de compartilhar informações úteis e respaldadas em profissionais, conheça outros conteúdos compartilhados sobre crescimento e desenvolvimento de bebês e crianças.

Dr. Pedro Poggiali

Dr. Pedro Poggiali

Ortopedista Pediátrico

  • Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Residência em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital Mater Dei
  • Especialização em Ortopedia Pediátrica no Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba/PR
  • Formação com fellowship em ortopedia pediátrica nos hospitais Shirley Ryan AbilityLab e Lurie Children’s Hospital (Chicago, EUA)
  • Coordenador da equipe de ortopedia pediátrica na Unidade Betim-Contagem da Rede Mater Dei
  • Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT e da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica – SBOP
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