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O ato de amamentar: especialista explica as melhores técnicas de amamentação

Descubra como realizar o ato de amamentar corretamente em uma entrevista exclusiva com a enfermeira obstetra Thais Lima.

5mins para ler Jan 30, 2024

Apesar de a amamentação ser a forma natural das mulheres alimentarem os bebês, é necessário tempo para a mulher e a família se adaptarem às rotinas e aos cuidados com o novo bebê.

Esse tempo é maior ou menor dependendo da vivência anterior da mulher com o aleitamento materno, de características próprias da criança, da mulher, da família e das pessoas que a cercam e a apoiam.

Com base nisso, o Nestlé Baby&Me trouxe uma entrevista com a enfermeira obstetra Thais Lima, especializada em cuidados com bebês recém-nascidos, para auxiliar as novas mamães a como segurar o bebê corretamente, melhores posições para amamentar e outras dicas.

Confira!

Técnicas de amamentação e posições para amamentar

Para que o ato de amamentar seja bem-sucedido, é fundamental que a mãe esteja confortável e relaxada, e que o bebê esteja bem-posicionado e com uma boa pega do seio. Existem diversas posições para amamentar, e cada mãe deve escolher a que mais lhe agrada e se adapta às suas necessidades.

Thais afirma que: “Existem diversas posições para a mulher amamentar. Mãe e bebê devem se sentir confortáveis, com o corpo da criança virado para o corpo da mãe, com a cabeça e o corpo da criança alinhados. É importante apoiar bem o bebê, colocando o rosto da criança perto e de frente para a mama.

Nesse sentido, as posições mais comuns são:

  • Posição tradicional: mulher sentada, com o bebê bem junto à mãe, com o corpo do bebê virado para o corpo da mãe e bem apoiado pelo braço do mesmo lado da mama que está sendo oferecida;
  • Posição de jogador de futebol americano: mulher sentada, com o bebê posicionado na sua lateral;
  • Deitada: mulher deitada, junto ao bebê;
  • Posição tradicional invertida: mulher sentada, apoiando a criança com o braço oposto ao da mama que está sendo oferecida;
  • Posição de cavalinho: mulher sentada, com o bebê apoiado ao seu corpo verticalmente.

A pega correta para amamentar

A pega correta é essencial para que o bebê consiga extrair o leite materno de forma eficiente e para que a mãe evite problemas como fissuras, ingurgitamento e mastites. A pega correta é aquela em que o bebê abocanha a maior parte possível da aréola, e não apenas o mamilo.

O lábio inferior do bebê deve estar virado para fora, e o seu queixo deve estar encostado no seio da mãe. O nariz do bebê deve ficar livre, sem ser pressionado pelo seio. A língua do bebê deve ficar por baixo do seio, e não por cima.

A mãe deve observar se o bebê está sugando e engolindo o leite, e se há sons de sucção e deglutição. A mãe também deve sentir se o seu seio está sendo esvaziado e se não há dor ou desconforto. De acordo com Thais:

É recomendado apoiar a mama com a mão em forma de “C” em vez de usar os dedos em tesoura, pois dessa maneira, os dedos não atrapalham a pega do bebê. O nariz do bebê deve ficar bem na frente do mamilo.

Quando a criança abrir bem a boca, é hora de colocá-la no peito para sugar. É possível fazer com que o bebê abra bem a boca tocando levemente os seus lábios com o mamilo. Com a boca bem aberta, o bebê consegue pegar o mamilo e o máximo possível da aréola, a parte escura da mama em volta do mamilo.

Existem alguns sinais que indicam uma pega favorável: boca bem aberta, lábios virados para fora, queixo encostado na mama e ver a aréola aparecer mais acima do que abaixo da boca do bebê.”.

Pós-mamada e amamentação em situações especiais

Thais ainda explica que o ato de amamentar não deve doer – se a mulher sente dor ao amamentar deve observar se a criança está fazendo a pega como deveria. A dor pode ser um sinal de que a pega pode ser melhorada.

Se isso ocorrer, tire o bebê do peito com cuidado introduzindo o dedo indicador ou o dedo mínimo no canto de sua boca, fazendo com que ele largue o peito sem machucar o mamilo. Depois, coloque-o de novo com a boca bem aberta. Se continuar doendo, procure a ajuda de profissionais de saúde.

Outras situações especiais podem exigir cuidados ou adaptações na amamentação, como:

  • Prematuridade: os bebês prematuros podem ter dificuldade para sugar e engolir o leite materno. Por isso, podem precisar de um método alternativo de alimentação, como sonda nasogástrica ou copinho. A mãe deve estimular a sua produção de leite com ordenha frequente e oferecer o seu leite ao bebê sempre que possível. A amamentação direta no seio pode ser iniciada assim que o bebê tiver condições clínicas e neurológicas para isso, seguindo as orientações da equipe de saúde;
  • Baixo peso: os bebês com baixo peso podem precisar de um complemento de leite materno após a mamada no seio, para garantir o seu ganho de peso adequado. A mãe deve oferecer o seu próprio leite ordenhado ou, em último caso, um leite artificial prescrito pelo pediatra. O complemento pode ser dado com copinho, colher ou seringa, evitando o uso de mamadeiras e bicos artificiais, que podem interferir na pega do bebê no seio;
  • Doenças: os bebês com doenças como icterícia, infecções, alergias ou síndromes genéticas podem se beneficiar ainda mais da amamentação, pois o leite materno ajuda na sua recuperação e proteção. A mãe deve amamentar o seu bebê normalmente, salvo em casos raros em que há contraindicação médica. A mãe também deve cuidar da sua própria saúde e procurar ajuda médica se apresentar sintomas como febre, dor no peito, vermelhidão ou secreção nos mamilos.

De todo modo, é importante iniciar a amamentação o mais cedo possível, de preferência na primeira hora de vida do bebê – recomenda-se que a amamentação seja estimulada o mais precocemente possível, imediatamente após o parto se as condições da mãe e do recém-nascido permitirem.

Independentemente do tipo de parto, a criança recém-nascida deve ficar em contato pele a pele com a mãe, ou seja, o bebê em cima da mãe, sem panos ou roupas entre eles, por pelo menos 1 hora respeitando o desejo da mulher.

Lembre-se: as dicas não substituem uma consulta médica. Converse com um profissional de saúde especializado para tirar suas dúvidas e receber orientações individualizadas.

Thais Lima

Thaís Lima

Enfermeira

  • Pós-graduada em Obstetrícia, pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER) 2013;
  • Graduada em Enfermagem pela Faculdade Anhanguera Educacional 2011;
  • Técnica em enfermagem pelo Colégio Técnico Enfermap 2006;
  • CEO e cofundadora Tirolí soluções Materno infantis - empresa na criação de produtos tecnológicos da área materno infantil;
  • Sócia da empresa Meu Maternar - empresa voltada na criação de produtos de aromaterapia da área materno infantil;
  • Palestrante em curso de cuidados com bebês recém-nascidos;
  • Hospital Unimed Piracicaba - Acreditação ONA nível III Cargo: Enfermeira Obstetriz.
Pediatria Nestlé
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