Episódio 1: Benefícios da Amamentação
Explore os benefícios vitais do aleitamento materno para bebês e mães em uma entrevista exclusiva com a pediatra Dra. Simone Ramos.
O aleitamento materno é uma prática fundamental para a saúde e bem-estar, tanto do bebê quanto da mãe. Ela consiste no ato de oferecer leite materno ao recém-nascido ou lactente, proporcionando os nutrientes essenciais para um crescimento saudável.
Além disso, a amamentação fortalece o sistema imunológico da criança, diminui o risco de doenças e estabelece um vínculo afetivo entre a mãe e o filho.
Pensando nisso, o Nestlé Baby&me trouxe uma entrevista exclusiva com a pediatra Dra. Simone Ramos, consultora internacional de amamentação, para falar mais sobre a importância e os principais benefícios do aleitamento materno.
Benefícios da amamentação
O aleitamento materno oferece uma série de benefícios importantes para o bebê, sendo essencial para reduzir os riscos de mortalidade por doenças evitáveis em crianças menores de 5 anos, protegendo-os contra infecções graves e contribuindo para um melhor crescimento e desenvolvimento.
O leite materno fornece todos os nutrientes necessários para o bebê nos primeiros meses de vida, promovendo um crescimento saudável e prevenindo deficiências nutricionais. Além disso, o aleitamento materno está associado a um menor risco de desenvolvimento de alergias, asma, obesidade e diabetes infantil.
Segundo a Dra. Simone, amamentar vai além da nutrição da criança, impacta na defesa de infecções, no desenvolvimento cognitivo e emocional, na prevenção das doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta e em sua fisiologia. Além de envolver a interação profunda entre a mãe e seu filho.
Portanto, por meio da amamentação, o bebê recebe uma série de anticorpos que ajudam a protegê-lo contra infecções, reduzindo a incidência de diarreia, infecções respiratórias e infecções de ouvido.
Além do contato pele a pele: amamentação na primeira hora de vida
A amamentação na primeira hora de vida do bebê é crucial para o seu bem-estar e saúde.
O contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido promove a liberação de hormônios que estimulam a produção de leite materno, garantindo a nutrição ideal para o bebê.
Além disso, a sucção da mama durante esse período inicial ajuda a estabelecer a produção adequada de leite, favorecendo o crescimento saudável da criança.
Segundo a Dra. Simone, "A primeira hora de vida do bebê é tão importante para seu futuro que é conhecida como hora dourada ou hora mágica. Durante esse período, o contato pele a pele deve ser estimulado o mais cedo possível."
A amamentação na primeira hora de vida também contribui para o controle da temperatura corporal do bebê, uma vez que o contato com o corpo materno oferece calor e aconchego.
O leite materno é rico em anticorpos que fortalecem o sistema imunológico, ajudando na proteção contra infecções e doenças.
Portanto, a amamentação na primeira hora de vida é fundamental para o desenvolvimento e saúde do lactente proporcionando benefícios a curto e longo prazo.
Por isso, é essencial que as mães sejam apoiadas e incentivadas a iniciar a amamentação logo após o nascimento, garantindo o melhor começo de vida para seus filhos.
LEIA MAIS: Amamentação em livre demanda: o que é, quando começa e como funciona?
Principais características e benefícios do leite materno
O leite materno é um alimento fundamental para o desenvolvimento saudável dos bebês, sendo considerado o melhor e mais completo alimento para os recém-nascidos.
Suas principais características incluem a presença de nutrientes essenciais, fácil digestibilidade, temperatura ideal para o bebê e anticorpos que fortalecem o sistema imunológico.
Formação do microbioma
O microbioma humano começa a se formar desde o nascimento, quando as bactérias e outros microorganismos começam a colonizar o corpo.
Durante o parto, o bebê entra em contato com as bactérias da mãe, que vão estabelecer as primeiras populações microbianas ao redor da pele, boca e trato gastrointestinal.
Segundo a Dra. Simore, "Um melhor microbioma é um mediador nas origens do desenvolvimento da saúde e da doença, ampliando a nossa visão acerca do sistema digestivo, que não é simplesmente um canal de trânsito alimentar, mas, sim, uma complexa entidade funcional do sistema imune, executando funções metabólicas e coordenando uma interessante comunicação entre a microbiota intestinal e o cérebro através de caminhos imunológicos, endócrinos e nervosos, referido como “eixo intestino-cérebro”.
Ao longo da infância e adolescência, o microbioma continua a se desenvolver e diversificar, sendo influenciado por fatores como a dieta, o ambiente e a genética.
A dieta desempenha um papel fundamental na formação do microbioma, pois a ingestão de diferentes alimentos pode favorecer o crescimento de certas espécies bacterianas.
O ambiente também exerce influência, uma vez que a exposição a diferentes microorganismos pode impactar a diversidade.
Além disso, a genética de cada indivíduo também contribui para determinar a composição do microbioma, que saudável, traz uma série de benefícios para a saúde geral, ajudando na digestão, fortalecendo o sistema imunológico e promovendo a saúde mental.
Por outro lado, a disbiose, ou seja, o desequilíbrio do microbioma, pode estar associada a diversas doenças, como obesidade, doenças inflamatórias, alergias e doenças autoimunes.
Manter a sua diversidade e equilíbrio é essencial para a saúde humana.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde para receber orientações individualizadas.
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