Vacina HPV Nonavalente: a proteção ideal!
A vacina HPV nonavalente oferece proteção contra nove subtipos do vírus e é essencial para a prevenção de diferentes tipos de câncer na vida adulta.
As vacinas são essenciais para a nossa saúde e proteção ao longo de toda a vida, desde o nascimento. Um exemplo de vacina muito importante para garantir a prevenção contra diferentes tipos de câncer na vida adulta é a vacina HPV nonavalente.
Ultimamente vemos aumentar os casos de doenças relacionadas ao Papilomavírus Humano (HPV), o que torna a vacina cada vez mais importante, especialmente a nonavalente, que é capaz de proteger contra nove tipos de HPV, incluindo aqueles associados a algumas formas de câncer, como o do colo do útero, orofaringe e ânus.
Essencial para a saúde pública, a vacina HPV nonavalente reduz a incidência de diversas doenças graves e contribui para melhorar a qualidade de vida de toda a sociedade.
Neste texto, vamos nos aprofundar nos benefícios da vacina nonavalente contra o HPV, conhecida como Gardasil 9, enfatizando a relevância da vacinação precoce e os desafios atuais na cobertura vacinal contra o HPV no Brasil.
Boa leitura!
O que é HPV?
O Papilomavírus Humano, mais conhecido como HPV, diz respeito a um grupo diversificado de vírus capaz de infectar a pele e as mucosas, sendo responsável por causar verrugas conhecidas como condilomas, que podem levar a lesões pré-cancerosas.
Transmitido principalmente através de relações sexuais, o HPV também pode ser contraido pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo classificado em categorias de baixo e alto risco.
Nos tipos de baixo risco, como o HPV 6 e 11, acontece o desenvolvimento de condilomas, mas raramente causam câncer. Por outro lado, nos tipos de alto risco, como o HPV 16 e 18, há uma grande relação com o desenvolvimento de câncer cervical e outros tipos de câncer genital e orofaríngeo.
Importância da vacinação precoce
Para garantir a prevenção eficaz contra as infecções causadas pelo HPV, que podem levar a diversos tipos de câncer, a vacinação precoce é a maior aliada da população.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda que todos, meninos e meninas, se imunizem antes de iniciar a vida sexual, para garantir a maior proteção possível contra as cepas mais prevalentes do HPV.
O que é a vacina nonavalente contra o HPV?
A vacina nonavalente contra o HPV, também conhecida como Gardasil 9, protege contra nove tipos do vírus, sendo eles:
- subtipos 6 e 11, associados a verrugas genitais;
- subtipos 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58, relacionados ao desenvolvimento de vários tipos de câncer, incluindo o câncer de colo do útero.
Quem pode tomar a vacina?
A faixa etária adequada para receber a vacina contra o HPV, especialmente a vacina nonavalente, é de 9 a 45 anos, tanto para os homens quanto para as mulheres.
Qual a diferença da vacina HPV nonavalente e quadrivalente?
- Vacina HPV quadrivalente (HPV4): oferece proteção contra quatro subtipos do vírus, incluindo os tipos 6 e 11, que causam verrugas genitais, e os tipos 16 e 18, associados ao câncer.
- Vacina HPV nonavalente (HPV9): protege contra nove subtipos do vírus, incluindo cinco adicionais de alto risco (31, 33, 45, 52 e 58).
A eficácia na proteção contra o câncer de colo do útero também é diferente entre as vacinas, uma vez que a nonavalente proporciona uma proteção de cerca de 90% contra esta doença, enquanto a quadrivalente oferece uma proteção estimada de 70%.
Desafios na cobertura vacinal contra o HPV no Brasil
Nos últimos anos, o Brasil vem enfrentando uma queda da cobertura vacinal contra o HPV, o que pode configurar uma ameaça à saúde de milhões de jovens com o aumento dos casos de infecção e cânceres no futuro.
Em 2019, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina. Em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Em 2023, foram aplicadas mais de 6,1 milhões de doses da vacina contra o HPV, sendo o maior número desde 2018.
Apesar do aumento da cobertura em 2023, a adesão ainda não é ideal e representa uma ameaça à saúde pública, levando ao aumento de casos de câncer, sobrecarregando o sistema de saúde.
A desinformação e a falta de recursos dificultam ainda mais a ampliação da cobertura vacinal, sendo necessárias campanhas de conscientização para esclarecer os benefícios da vacinação e combater mitos que cercam o HPV.
O esforço conjunto de estados e municípios que se juntaram ao Ministério da Saúde no Movimento Nacional pela Vacinação, por exemplo, é uma medida capaz de reverter a tendência de queda nas coberturas vacinais, garantindo a prevenção efetiva contra o HPV e suas consequências.
Para quais diagnósticos a vacina é indicada?
A vacina nonavalente contra o HPV é indicada para a prevenção de diversos diagnósticos relacionados ao vírus, como:
- câncer de colo do útero, vulva, vagina e ânus;
- prevenção de verrugas genitais e lesões pré-cancerosas.
Contraindicações da vacina
Listamos abaixo algumas contraindicações da vacina nonavalente contra HPV que devem ser levadas em consideração antes da vacinação:
- Hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes da vacina;
- Presença de reações adversas após doses anteriores;
- Indivíduos com histórico de reações severas devem ser avaliados antes da vacinação;
- Não é recomendada para mulheres grávidas, exceto sob orientação médica;
- Não deve ser administrada em crianças menores de 9 anos.
Como é o esquema vacinal da HPV nonavalente?
A vacina da HPV nonavalente é administrada em três doses, sendo a primeira aplicada em uma data escolhida, com uma segunda dose aplicada dois meses após a primeira e a terceira e última dose aplicada seis meses após a primeira aplicação.
Tem a vacina nonavalente no SUS?
Até o momento da publicação deste texto, apenas a vacina quadrivalente contra o HPV está disponível no SUS, a vacina nonavalente está disponível apenas na rede privada.
Conclusão
Ao longo desse texto, conhecemos mais a fundo sobre o vírus da HPV, também conhecido como Papilomavírus Humano, que em seus casos mais graves é capaz de desenvolver diversos tipos de câncer, tanto nos homens quanto nas mulheres.
Sendo transmitido majoritariamente através de relações sexuais ou contato direto com a pele ou mucosa infectadas, o HPV deve ser combatido desde cedo, antes mesmo do início das relações sexuais, sendo essencial a imunização de meninos e meninas através das vacinas.
Nesse ponto, a população conta com duas opções de vacinas contra a HPV, a quadrivalente que protege contra 4 subtipos do vírus e a nonavalente que combate até 9 subtipos do vírus.
Sendo recomendada para toda a população entre 9 e 45 anos de idade, a vacina atua na prevenção de câncer de colo do útero, vulva, vagina e ânus, além de garantir a prevenção de verrugas genitais e lesões pré-cancerosas.
Atualmente, apenas a vacina quadrivalente está disponível na rede pública de saúde, enquanto a nonavalente pode ser encontrada apenas na rede privada.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
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