Seu filho não come? Entenda a seletividade alimentar do seu filho!
Seletividade alimentar na infância: recusa persistente de certos alimentos que desafia os pais na promoção de uma alimentação saudável. Leia mais!
Introdução
A alimentação infantil é uma jornada marcada por descobertas, aprendizados e, muitas vezes, desafios. Entre eles, podemos destacar a seletividade alimentar, um comportamento comum na infância que emerge uma preocupação entre os pais.
Neste artigo, vamos explorar o que é a seletividade alimentar na infância, suas possíveis causas e impactos. Então, continue a leitura e descubra como enfrentar a recusa alimentar e garantir que seu filho esteja recebendo os nutrientes necessários para crescer e prosperar.
Afinal, o que é seletividade alimentar?
A alimentação é um comportamento aprendido que se desenvolve ao longo do tempo. As crianças observam e imitam os hábitos alimentares de suas famílias, e é comum encontrar alguma resistência a novos alimentos durante esse processo de aprendizado.
No entanto, quando a recusa alimentar se torna persistente e mais intensa, pode indicar a presença de seletividade alimentar infantil, um comportamento que pode ser causado por motivos fisiológicos ou comportamentais.
Qual a diferença entre seletividade alimentar infantil e preferência alimentar?
A seletividade é caracterizada pela recusa persistente de determinados alimentos, ou seja, um padrão alimentar monótono, resultando em uma dieta limitada em variedade e nutrientes essenciais.
Por sua vez, a preferência alimentar é a inclinação natural da criança por certos tipos de alimentos, que pode ser influenciada por fatores como sabor, aroma, aparência, textura e também experiências prévias.
VEJA TAMBÉM: Como ajudar uma criança com paladar exigente
Principais causas de ingestão seletiva na infância
A seletividade alimentar geralmente é multifatorial e pode resultar de uma combinação de fatores genéticos, ambientais, comportamentais e emocionais. Algumas das causas comuns incluem:
Fatores genéticos: estudos sugerem que a predisposição genética pode desempenhar um papel na seletividade alimentar. Crianças podem herdar certas sensibilidades a sabores ou texturas dos pais, o que pode influenciar suas preferências alimentares.
Fatores sensoriais: os alimentos possuem sabores, texturas, cor e até cheiros diferentes. Esses estímulos sensoriais podem levar à recusa de certos alimentos, principalmente crianças com Transtorno do Espectro Autista.
Fatores ambientais: o ambiente em que a criança é criada pode influenciar suas preferências alimentares. Exposição limitada a uma variedade de alimentos, falta de modelos alimentares positivos ou experiências negativas relacionadas à comida podem contribuir para a seletividade alimentar.
Fatores comportamentais: crianças podem usar a recusa alimentar como uma forma de expressar independência, controle ou resistência a mudanças. Questões de poder ou atenção também podem desempenhar um papel na seletividade dos alimentos.
Fatores emocionais: emoções como ansiedade, estresse, desconforto ou tédio podem afetar o apetite e a disposição da criança para experimentar novos alimentos. Mudanças no ambiente familiar também podem influenciar o comportamento alimentar da criança.
Embora essas sejam algumas causas comuns associadas a esse comportamento, é importante reconhecer que a ingestão seletiva é uma questão individual e que as abordagens para lidar com esse comportamento devem ser adaptadas às necessidades e circunstâncias específicas de cada criança.
Quando procurar ajuda profissional
Os pais devem procurar um profissional para a seletividade alimentar na infância em várias situações, especialmente quando o comportamento alimentar restritivo interfere no crescimento e desenvolvimento adequados da criança ou causa preocupação significativa para a família. Aqui estão alguns sinais de que os pais devem considerar:
- Recusa extrema de alimentos
- Baixo peso ou falta de crescimento adequado
- Deficiências nutricionais
- Estresse significativo para a criança ou a família
- Persistência do comportamento ao longo do tempo
Em todos esses casos, um pediatra, nutricionista, psicólogo ou outro profissional de saúde qualificado pode oferecer orientação e apoio para avaliar e tratar a ingestão seletiva da criança de maneira eficaz e abrangente.
Muitas vezes, o tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, levantando as causas subjacentes do comportamento alimentar restritivo e desenvolvendo estratégias para promover uma alimentação saudável e equilibrada.
VEJA TAMBÉM: Deficiências nutricionais e Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI)
Conclusão
Entender a seletividade alimentar é o primeiro passo para promover hábitos alimentares saudáveis na rotina do seu filho. Ao reconhecer as causas e buscar ajuda profissional quando necessário, você contribui para o bem-estar e o desenvolvimento adequado da criança.
Lembre-se de que cada criança é única, e paciência e persistência são aliadas importantes nessa jornada.
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Referência
Sociedade Brasileira de Pediatria. Comedores seletivos: os difíceis de comer. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/comedores-seletivos-os-difi…;
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