A fase do rubicão e suas mudanças
A fase do Rubicão é um período que marca a transição entre a infância e a adolescência, trazendo mudanças físicas, emocionais e comportamentais.
Você já ouviu falar na fase do rubicão? Esse período marca a transição entre a infância e a adolescência e envolve os jovens em diversas mudanças físicas, emocionais e comportamentais.
Para além das claras alterações físicas que o corpo vivencia neste período, com o crescimento e desenvolvimento sexual, por exemplo, a fase do rubicão também abrange profundas mudanças emocionais e comportamentais, quando os jovens começam a explorar sua identidade, a buscar maior autonomia e a enfrentar novos desafios sociais.
No texto a seguir, vamos falar mais sobre a fase do rubicão e suas características marcantes para as crianças, apontando as principais mudanças físicas, emocionais e comportamentais desse período, além de trazer dicas para os pais sobre como lidar com essa fase de uma forma saudável.
Boa leitura!
O que é a fase do Rubicão?
Quando a criança inicia a sua fase de transição entre a infância e a adolescência, dizemos que ela está vivendo a fase do rubicão. Geralmente, esse período se inicia por volta dos 7 anos, atingindo seu pico aos 9 anos e se estendendo até cerca de 12 anos.
Nesse momento significativo no desenvolvimento infantil, as crianças começam a se afastar da infância e a se preparar para a adolescência, construindo sua identidade e autonomia de maneira equilibrada, além de lidar com diversas mudanças físicas e emocionais, exigindo uma compreensão e um suporte emocional cuidadoso dos pais e educadores.
Significado do nome Rubicão
O termo “Rubicão” faz referência ao nome de um pequeno rio no norte da Itália, que historicamente marcava a fronteira entre a província da Gália Cisalpina e o território de Roma.
O rubicão é famoso por ter sido cruzado por Júlio César, desafiando uma lei que proibia generais de entrar na Itália com tropas, precipitando uma guerra civil e levou à ascensão de César como líder de Roma.
Assim, o termo “atravessar o Rubicão” passou a ser utilizado como uma expressão idiomática que representa um ponto sem retorno ou uma decisão arriscada, carregando uma conotação de transformação e mudança significativa.
Mudanças físicas, emocionais e comportamentais dessa fase
Na fase do rubicão, as crianças vivenciam mudanças físicas, emocionais e comportamentais significativas que afetam a sua vida e o seu crescimento em diferentes aspectos, preparando o seu corpo e a sua mente para a adolescência.
- Mudanças Físicas: nessa fase do desenvolvimento, as crianças experimentam um crescimento acelerado em altura e peso, além de vivenciarem as primeiras alterações hormonais e o desenvolvimento das características sexuais secundárias, tornando elas mais conscientes de seus corpos.
- Mudanças Emocionais: nesta fase, as crianças também se tornam mais conscientes de si mesmas e de suas emoções, questionando sua identidade e o lugar que ocupam no mundo, além de experimentarem flutuações emocionais intensas e medos específicos, geralmente relacionados à separação dos pais, à morte ou ao desconhecido.
- Mudanças Comportamentais: no âmbito comportamental, as crianças se tornam mais críticas e independentes, buscando por autonomia em suas decisões e tarefas diárias, possibilitando comportamentos desafiadores, questionamentos sobre regras familiares e maior valorização das amizades, incentivada pela necessidade crescente de aceitação social.
Inseguranças e ansiedades típicas dessa transição
Durante a fase do rubicão, é comum que as crianças enfrentem diversas inseguranças e ansiedades. Nesse período, os questionamentos sobre a sua identidade e a busca por autoconhecimento se fortalecem, gerando inseguranças sobre suas habilidades, aparência e aceitação social, favorecendo que elas se tornem mais críticas em relação à sua imagem pessoal.
Os medos também são comuns nessa fase, envolvendo as crianças em ansiedades relacionadas à separação, morte ou ausência dos pais, trazendo uma grande dificuldade para elas ficarem longe dos pais.
Com o aumento da pressão por aceitação social, a ansiedade para formar amizades e ser valorizado por elas envolve a criança em um medo constante da rejeição e de se envolver em conflitos entre os amigos.
O âmbito acadêmico também é marcante para as crianças nessa fase, com o aumento da pressão pelo desempenho escolar, gerando ansiedades para realizar provas e avaliações, impactando também na sua capacidade de concentração que é prejudicada pela inquietação emocional dessa fase.
Como lidar com essa fase?
A fase do rubicão não é desafiadora só para as crianças, mas também para pais e educadores, que precisam compreender e apoiar as crianças durante essa fase para garantir um desenvolvimento saudável.
Para lidar com essa fase de transição de uma forma mais tranquila, é importante escutar as preocupações e sentimentos das crianças, demonstrando empatia e validando suas emoções, além de incentivar a expressão de pensamentos e sentimentos delas.
Também é fundamental mostrar-se disponível para conversar e apoiar a criança nos momentos de dificuldade, criando um ambiente seguro para ela compartilhar os seus sentimentos e reconhecer as suas emoções.
Encorajar a criança a fazer escolhas simples, também é uma prática crucial para auxiliar no desenvolvimento da autonomia e confiança da criança, oferecendo oportunidades para que ela enfrente novos desafios frequentemente.
Apesar de buscarem cada vez mais a independência nessa fase, é importante que as crianças sejam envolvidas em uma rotina estruturada, cumprindo horários regulares, realizando as suas tarefas diárias e entendendo a necessidade de respeitar limites e seguir regras apesar da sua vontade.
Nessa fase, a interação social pode ser uma grande aliada dos pais e educadores, uma vez que as crianças valorizam mais as amizades do que as figuras de autoridade, tornando muito benéfico envolver as crianças em atividades sociais, em grupo e até em família.
Conclusão
Todos nós já vivemos essa dura e esquisita fase de transição entre a infância e adolescência, conhecida como fase do Rubicão. Mudanças físicas, emocionais e comportamentais são características desse período que envolvem a criança, os pais e os educadores na superação de uma série de desafios.
Entre a faixa etária dos 7 e 12 anos de idade, a criança inicia uma importante transição, abandonando comportamentos e práticas da infância e adotando novas ideias e vontades apresentadas pela adolescência.
Nessa fase, as inseguranças, ansiedades e medos das crianças se potencializam, envolvendo tanto as suas mudanças físicas, quanto emocionais, em um cenário de constantes questionamentos e descobertas, em busca de uma vida mais autônoma,
Ao mesmo tempo em que as crianças buscam uma maior independência, nessa fase elas sentem uma grande dificuldade de se distanciar dos pais, vivenciando um constante medo da perda, enquanto conhecem cada dia mais sobre si mesmas e o mundo à sua volta.
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