Placenta prévia: o que é? Como é feito o tratamento?
Saiba o que é placenta prévia, conheça os fatores de risco, entenda como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento. Leia mais!
Introdução
A placenta prévia é uma condição que ocorre durante a gravidez, na qual a placenta se posiciona de forma atípica, cobrindo total ou parcialmente o colo do útero. Isso pode causar implicações para a mãe e o bebê, e é por isso que é essencial entender completamente essa condição e suas ramificações.
Neste artigo, contamos com a contribuição da Dra. Gisela Ramalho Safady, Médica Ginecologista, para explorar um tema de extrema importância na obstetrícia: a placenta prévia. Com a orientação da especialista, entenderemos detalhadamente o que é a placenta prévia e como essa condição pode afetar a gestação e o parto.
Ao longo deste artigo, abordaremos os diferentes tipos de placenta prévia. Exploraremos também os sintomas que as gestantes podem experimentar quando têm placenta prévia e como reconhecê-los.
Entenderemos os fatores de risco associados a essa condição e como o diagnóstico é realizado, incluindo o papel crucial da ultrassonografia no processo diagnóstico.
Além disso, discutiremos amplamente as opções de tratamento disponíveis para mulheres com placenta prévia, destacando a importância de cuidados médicos adequados para garantir a segurança tanto da mãe quanto do bebê.
Acompanhe este artigo para obter informações detalhadas e esclarecedoras sobre essa condição obstétrica.
Boa leitura!
O que é placenta prévia?
Durante a gravidez, é comum a placenta mudar de posição à medida que o útero se estica e cresce. Inicialmente, a placenta frequentemente se encontra na parte inferior do útero.
No entanto, à medida que a gravidez avança, a placenta normalmente migra para a parte superior do útero. Por volta do terceiro trimestre, é esperado que a placenta esteja posicionada perto do topo do útero, permitindo que o colo do útero fique livre para o parto.
Porém, em alguns casos isso não acontece e ocorre uma condição conhecida como placenta prévia. Segundo a Dra. Gisela Ramalho Safady, a “placenta prévia é a implantação da placenta sobre o orifício interno do colo ou próximo dele”. Isso pode causar obstrução total ou parcial da saída do colo do útero, o que é problemático, pois é por essa abertura que o bebê normalmente passa durante o parto vaginal.
Fonte: Manual MSD - versão saúde para a família
Tipos de placenta prévia
Conforme vimos, a placenta prévia é o posicionamento da placenta na parte inferior do útero, e em alguns casos, a placenta pode parcial ou completamente cobrir o colo do útero. Então, existem diferentes formas de placenta prévia:
De acordo com a Dra. Gisela Safady, essa condição dividida em três tipos:
- Placenta prévia total: quando a placenta cobre completamente o colo do útero;
- Placenta prévia parcial: quando parte do colo do útero é coberta pela placenta;
- Placenta prévia marginal: quando a borda da placenta está próxima, mas não cobre o colo do útero.
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Sintomas
Conforme a Dra. Gisela Safady explica, a placenta prévia “normalmente se manifesta como um sangramento vaginal indolor após 20 semanas da gestação, sendo a fonte do sangramento na placenta prévia materna.”
A placenta prévia também pode causar problemas para o feto, incluindo:
- posições anormais;
- crescimento fetal inadequado;
- ruptura prematura das membranas (bolsa d'água);
- riscos relacionados aos vasos sanguíneos do cordão umbilical conectados à placenta.
Além disso, para mulheres que já tiveram uma cesariana, a placenta prévia pode aumentar o risco de uma condição chamada placenta acreta, na qual a placenta fica fortemente presa ao útero, aumentando a complexidade do parto.
Fatores de risco para a placenta prévia
Alguns fatores de risco que aumentam a probabilidade de uma mulher desenvolver placenta prévia incluem:
- Histórico de gravidez: mulheres que tiveram mais de uma gravidez têm um risco maior;
- Cesariana anterior: ter tido uma cesariana em uma gravidez anterior pode aumentar o risco de placenta prévia em gestações subsequentes;
- Anomalias uterinas: anomalias estruturais no útero, como miomas, podem aumentar o risco;
- Procedimentos uterinos anteriores: ter passado por procedimentos uterinos, como a remoção de miomas (miomectomia) ou dilatação e curetagem (D e C), várias vezes pode aumentar a probabilidade;
- Tabagismo: o hábito de fumar durante a gravidez pode aumentar o risco de placenta prévia;
- Idade materna avançada: mulheres mais velhas têm um risco ligeiramente maior.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de placenta prévia é feito por ultrassonografia, geralmente quando uma mulher grávida apresenta sangramento vaginal que começa após a 20ª semana de gravidez.
O exame de ultrassonografia é usado para diferenciar a placenta prévia de outras condições que podem surgir durante a gestação, como a ruptura prematura da placenta. Além disso, a frequência cardíaca do feto também é monitorada para avaliar seu bem-estar.
Opções de tratamento
O tratamento da placenta prévia depende da gravidade do caso e da saúde da mãe e do bebê. As opções incluem:
- Internação hospitalar e repouso: em casos de sangramento leve, a mulher pode ser hospitalizada e aconselhada a limitar suas atividades, com repouso quase completo.
- Parto: se o sangramento cessa, e a mãe e o bebê estão estáveis, o parto normalmente ocorre entre a 36ª e a 37ª semana de gravidez.
- Cesariana: para casos graves ou se o sangramento não parar, o parto por cesariana pode ser necessário. Isso é feito antes do início do trabalho de parto.
- Corticosteroides: em algumas situações, especialmente antes da 34ª semana de gravidez, corticosteroides podem ser usados para ajudar a amadurecer os pulmões do feto se um parto prematuro for necessário.
- Transfusões de sangue: em casos de sangramento grave, a mulher pode precisar de transfusões de sangue para repor as perdas.
Portanto, o tratamento é individualizado e depende das circunstâncias específicas de cada gestação.
Conclusão
Neste artigo, exploramos o tema da placenta prévia, visando fornecer informações sobre essa condição durante a gravidez. Iniciamos definindo o que é a placenta prévia e destacando os diferentes tipos dessa condição, desde placenta baixa até placenta prévia total.
Ao abordar os sintomas, como sangramento vaginal após a 20ª semana de gravidez. Também exploramos os fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de uma mulher desenvolver placenta prévia, incluindo histórico de gravidez, cesariana anterior, anomalias uterinas, entre outros.
No que diz respeito ao diagnóstico, explicamos como a ultrassonografia desempenha um papel crucial na identificação da placenta prévia e na diferenciação de outras complicações.
Por fim, discutimos as opções de tratamento disponíveis, que podem variar desde repouso e modificações na atividade até cesariana imediata, dependendo da gravidade do caso.
É importante lembrar que a placenta prévia é uma condição que requer acompanhamento médico cuidadoso.
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Referências
MANUAL MSD - Versão Saúde para a Família. Placenta prévia. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/…;
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