O que é pé torto congênito? O que causa? Como é o tratamento?
Saiba mais sobre o pé torto congênito, entenda as causas dessa condição e como é feito o tratamento. Acesse e leia mais!
Introdução
O pé torto congênito (PTC) tem como característica uma má formação do pé desde o nascimento do bebê. Está em busca de mais informações sobre essa condição? Então, continue a leitura!
Neste artigo, vamos abordar em detalhes o pé torto congênito, explicando suas causas, tipos e tratamento. Contamos com as informações fornecidas pelo Dr. Pedro Poggiali, ortopedista pediátrico com CRM: 55600-MG, para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto.
Você vai descobrir como é diagnosticado o pé torto congênito, os diferentes tipos e suas causas, além de conhecer o tratamento mais indicado, o Método Ponseti. Também vamos abordar a importância da fisioterapia como parte integrante do tratamento e como ela contribui para a recuperação funcional do paciente.
Se você deseja saber mais sobre o pé torto congênito e como lidar com essa condição, continue a leitura e acompanhe as informações apresentadas neste artigo.
Boa leitura!
O que é pé torto congênito?
De acordo com o ortopedista, Dr. Pedro Poggiali, o pé torto congênito (PTC) “[...] é uma deformidade muito frequente que acomete o pé. [...]. O bebê nasce com essa deformidade”.
O pé torto congênito acomete 1 em cada 1.000 crianças ao nascer. É comum observar que o pé apresenta uma posição voltada para baixo, com a parte da frente virada para dentro e para cima, em direção à outra perna. Além disso, é possível notar que a panturrilha (parte posterior da perna) é mais fina e o pé pode ser um pouco menor em comparação com o outro pé. É importante ressaltar que, apesar dessas características, o bebê não sente dor.
Além disso, normalmente essa é uma condição bilateral, isto é, afeta os dois pés, mas pode haver casos em que somente um dos pé do bebê é torto.
Tipos e causas de pé torto congênito
O pé torto congênito pode acontecer por diferentes razões, o que será analisado pelo pediatra nos primeiros dias e semanas de vida para que o melhor tratamento seja direcionado, em busca de melhor qualidade de vida para o bebê.
Segundo o ortopedista entrevistado, existem 3 tipos de pé torto congênito, com diferentes características e causas, veja a seguir:
Pé torto congênito postural: é uma condição benigna e não precisa de tratamento, o pé já nasce dessa forma, possivelmente devido à posição que o bebê ficava com o pé dentro do útero. Ao analisar o pé do bebê, o pediatra identifica que é flexível e que pode ser movido, então não precisa de tratamento.
Pé torto congênito idiopático: é uma condição frequente e que acomete do joelho para baixo, como uma fraqueza muscular presente desde a gestação, o que contribui para que o pé fique em uma posição diferente do habitual e que necessite de correção. Alguns fatores podem ser responsáveis por essa circunstância, como o tabagismo durante a gestação, herança genética dos pais, entre outros.
Pé torto congênito neurológico ou sindrômico: esse tipo está relacionado a condições neurológicas, malformação congênita, como mielomeningocele e artrogripose ou a alguma outra síndrome. Nessas situações, o tratamento é um pouco mais complexo devido às condições associadas que comprometem outras regiões do corpo, como no caso da mielomeningocele que trata-se de uma malformação na coluna vertebral.
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Existe tratamento?
Segundo o Dr. Pedro Poggiali “o pé torto congênito idiopático tem um tratamento muito bem definido. Não há controvérsia sobre qual o melhor tratamento. A gente sabe que o melhor tratamento é o Método Ponseti.”
O Método Ponseti surgiu entre as décadas de 40 e 60, porém só se difundiu na década 90. Atualmente, é considerado, conforme considerações do nosso entrevistado, método simples, com fácil reprodutibilidade e bem aceito na área de ortopedia pediátrica.
Quanto tempo dura o tratamento do pé torto congênito?
O ortopedista pediátrico entrevistado afirma que é um método de simples atuação, mas é uma tratamento longo e que fará parte dos primeiros anos de vida da criança, conforme pode ser visto a seguir:
- Primeira fase: processo em que o médico pediatra faz imobilizações semanais para que o pé volte à posição normal. Na maioria dos casos é necessário fazer uma pequena cirurgia, a qual precisa ser cuidadosamente analisada através de exame de imagem.
- Segunda fase: nos primeiros dois meses de tratamento que são fase 1 o pé normalmente já fica corrigido, a partir disso, o bebê começa usar órtese, um sapato que mantém o pé na posição corrigida, o que precisa ser feito até, em média, os quatro anos de idade. Nos primeiros meses o bebê deverá utilizar a órtese 24h por dia, depois, com liberação do médico, a orientação será o uso somente noturno enquanto a criança dorme.
Após a segunda fase, quando a criança atinge os cinco anos, pode ser necessário mais algum procedimento, o que não é comum, principalmente nos casos em que o tratamento com a órtese foi realizado de forma adequada durante os primeiros anos de vida.
A fisioterapia pode ajudar no tratamento?
A atuação da fisioterapia no tratamento do pé torto congênito é muito importante. Assim que a doença é identificada, o médico pode recomendar o início do tratamento fisioterapêutico.
Ao nascer, as crianças têm uma boa elasticidade dos ligamentos e também uma facilidade de adaptação musculoesquelética, o que ajuda na recuperação. No entanto, é importante ressaltar que a fisioterapia não é capaz de corrigir a deformidade sozinha, sendo necessário um tratamento médico multidisciplinar.
Tanto a fisioterapia quanto o tratamento médico buscam promover a mobilidade funcional da criança, permitindo que ela inicie sua vida de forma mais natural possível. Nas clínicas, existem diversas técnicas disponíveis para auxiliar nesse processo, como mobilização articular, liberação da fáscia plantar, treino de marcha e o uso de órteses.
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Conclusão
Conforme vimos, o pé torto congênito é uma condição relativamente comum que afeta bebês ao nascer, caracterizada pelo posicionamento anormal do pé. Existem diferentes tipos de pé torto congênito, cada um com suas próprias características e causas.
Além disso, explicamos sobre o tratamento a partir do Método Ponseti, que é uma técnica simples e eficaz para a correção da posição dos pés do bebê.
É importante ressaltar que as informações apresentadas não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o pediatra de seu filho para obter orientações individualizadas. Cada caso é único e requer avaliação. Com o suporte adequado, é possível ajudar as crianças a superarem essa condição.
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