Líquido amniótico baixo na gravidez: causas e riscos
O líquido amniótico é responsável por proteger o bebê dentro do útero durante a gravidez. Entenda as consequências de sua falta e saiba como prevenir. Confira!
O líquido amniótico é o fluido que envolve e protege o bebê dentro do útero durante a gravidez. Ele é essencial para o desenvolvimento saudável do feto, pois ajuda a manter a temperatura adequada, fornece nutrientes e oxigênio, previne infecções e facilita os movimentos do bebê.
Portanto, a gente sabe que quaisquer variações envolvendo esse líquido podem deixar os papais e as mamães preocupados, não é mesmo?
O volume de líquido amniótico varia ao longo da gestação, mas geralmente fica entre 500 e 1000 ml no terceiro trimestre.
Quando o volume de líquido amniótico fica abaixo dos 500 ml, os médicos caracterizam essa condição como "oligoâmnio", um termo técnico para dizer que o líquido amniótico está baixo.
Ao longo deste artigo, vamos explicar quais são as causas, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento do líquido amniótico baixo na gravidez. Também vamos dar algumas dicas de como prevenir e lidar com essa situação.
Boa leitura!
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Quais são as causas do pouco líquido amniótico?
A perda de líquido amniótico pode ocorrer por diversos fatores. Abaixo, listamos alguns deles:
- Rompimento prematuro da bolsa: quando a membrana que envolve o líquido se rompe antes do início do trabalho de parto.
- Hipertensão arterial: além de poder causar escassez de líquido amniótico, também pode ocasionar alterações no fluxo sanguíneo da placenta.
Como identificar a perda de líquido amniótico?
A perda de líquido amniótico é uma situação que pode trazer riscos para o desenvolvimento do bebê. Para identificar a perda de líquido amniótico, é preciso estar atenta aos seguintes sinais:
- A calcinha fica molhada, mas o líquido não tem cheiro e nem tem cor;
- A calcinha fica molhada mais de uma vez ao dia;
- Diminuição dos movimentos do bebê no útero, quando já houve uma perda maior de líquido.
Uma forma de confirmar se é líquido amniótico ou não é colocar um absorvente íntimo na calcinha e observar as características do líquido. Nesse caso, normalmente, a urina é amarelada e tem cheiro, enquanto o líquido amniótico é transparente e sem cheiro. Além disso, o líquido liberado também pode ser apenas lubrificação íntima, que tem a consistência clara de ovo.
Como o líquido amniótico baixo é diagnosticado?
O diagnóstico do oligoidrâmnio é feito por meio de um exame de ultrassom, que mede o índice de líquido amniótico (ILA). O ILA é a soma das medidas das quatro maiores bolsas de líquido encontradas no útero.
O valor normal do ILA varia de acordo com a idade gestacional, mas geralmente é considerado oligoidrâmnio quando o ILA é menor que 5 cm.
O tratamento do oligoidrâmnio depende da causa, da gravidade e da idade gestacional.
Em alguns casos, pode-se tentar aumentar a quantidade de líquido amniótico por meio de hidratação oral ou intravenosa, uso de medicamentos ou reposição de líquido diretamente no útero (amnioinfusão).
Em outros casos, se houver risco para a mãe ou o bebê, pode-se optar por induzir o parto ou realizar uma cesariana.
O oligoidrâmnio é uma situação que requer acompanhamento médico especializado e cuidados pré-natais adequados.
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O que é bom para aumentar o líquido amniótico?
Existem algumas medidas que podem ajudar a aumentar o líquido amniótico, tanto com intervenção médica quanto com cuidados caseiros. Algumas das possíveis formas de aumentar o líquido amniótico são:
Água em abundância
Beber bastante água. A hidratação é fundamental para manter o equilíbrio do líquido amniótico, pois parte dele é formada pela urina do bebê. Recomenda-se beber pelo menos oito copos de água por dia, ou mais se houver perda de líquidos por suor, vômitos, ou alterações intestinais.
Alimentação saudável
Consuma frutas e verduras com alto teor de água: além de água, esses alimentos fornecem nutrientes essenciais para a saúde da mãe e do bebê. Algumas opções são melancia, melão, uva, alface, brócolis e aipo.
O que não fazer
Não consumir álcool, e evitar cafeína e ervas diuréticas, pois essas substâncias podem aumentar a eliminação de líquidos pelo organismo e reduzir o volume de líquido amniótico. É melhor optar por água e sucos sem açúcar.
Olho vivo na balança
A diabetes gestacional pode afetar a produção de líquido amniótico, pois eleva os níveis de açúcar no sangue da mãe e do bebê, fazendo com que este produza mais urina. É importante seguir as orientações médicas para controlar a glicemia e evitar possíveis complicações.
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Conclusão
Como abordamos neste conteúdo, o líquido amniótico é o fluido que envolve e protege o bebê dentro do útero durante a gravidez. Ele é essencial para o desenvolvimento saudável do feto.
O volume de líquido amniótico varia ao longo da gestação, mas geralmente fica entre 500 e 1000 ml no terceiro trimestre.
A sua falta pode ser diagnosticada por sinais corriqueiros, como calcinha molhada com um líquido sem cheiro, e a diminuição significativa dos movimentos do bebê.
Para saber se o líquido está abaixo do esperado no momento da gestação atual, é necessário fazer um exame de ultrassom, que mede o índice de líquido amniótico (ILA).
Ter uma alimentação saudável, com bastante líquido, é essencial para ajudar a manter a quantidade de líquido dentro do esperado. Além disso, especialistas recomendam evitar álcool, cafeína e ervas diuréticas.
Lembre-se: essas dicas não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o seu profissional de saúde para obter orientações individualizadas. Só ele poderá atestar de fato o que está acontecendo com você, e trazer as recomendações necessárias.
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Referências
Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 36 (04) • 20 Maio 2014. Volume de líquido amniótico e os desfechos maternos em gestantes com ruptura prematura das membranas pré-termo. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbgo/a/ZmrQwFpJMBjxTSJGZJpyW5p/?lang=pt>
MANUAL MSD Versão Saúde para a Família. Problemas com o líquido amniótico. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/com…;
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