Com 12 meses, o seu bebê já é capaz de se levantar, andar sozinho e subir escadas. Ele já reconhece o seu nome, segura a colher sozinho e é capaz de levá-la à boca. Começa a beber no copo e sente um certo fascínio usando as mãos para agarrar a comida e levá-la à boca, sujando-se e aprendendo. Toda esse desenvolvimento se reflete diretamente na sua alimentação. Querer comer sozinho com as mãos ou segurar o talher, pedir determinados alimentos ou recusar outros faz parte dessa fase de vida do seu filho.
Alimentação infantil: veja qual a sua importância
A alimentação continua a desempenhar um papel crucial para que o desenvolvimento mental e físico ocorram da melhor forma. Por isso, é fundamental uma alimentação saudável, equilibrada e adequada às necessidades da criança. Ele necessita de 2x mais energia e até 5x mais vitaminas e minerais por kg do que um adulto. Nessa etapa, é muito importante ter uma atenção especial a determinados nutrientes. O cálcio e o fósforo são importantes para a formação dos ossos, por exemplo. Assim como, as vitaminas do complexo B, que são essenciais para otimizar a utilização da energia dos alimentos. Também se deve dar atenção ao tipo de gordura, privilegiando a gordura de qualidade, pois o DHA é muito importante para o correto desenvolvimento cerebral. Já o ferro, a vitamina D, o iodo e o ácido graxo ômega -3 devem estar, igualmente, presentes em quantidades suficientes.
A partir dos 12 meses podemos dizer que a criança está pronta para partilhar a alimentação da família, sentando-se à mesa com os adultos, participando desse momento em família. As crianças observam e imitam tudo o que os adultos fazem, faz parte da aprendizagem. Contudo, ainda não estão totalmente preparados para comer como adultos, pois o seu estômago é menor, cerca de metade do de um adulto, e as suas necessidades nutricionais são diferentes. Por isso é importante que a alimentação do bebê não seja igual a dos pais, mas sim direcionada a suas necessidades.
Alimentação infantil: veja algumas dicas que podem ajudar no processo
A alimentação infantil deve ser um bom “escudo” de proteção para reforçar o sistema imunológico e prevenir doenças futuras (obesidade, doenças cardiovasculares e cáries dentárias). Veja algumas dicas de como criar hábitos alimentares saudáveis no seu filho:
- A criança deve participar nas refeições em família. É importante manter uma rotina de horário;
- Criança necessita de 5 a 6 refeições por dia;
- As refeições principais devem ser acompanhadas de água. O suficiente para ajudar na deglutição;
- As refeições principais devem conter batatas, arroz, massas, vegetais, saladas, carne e peixe;
- As refeições intermediárias podem incluir frutas, vegetais crus, pão, cereais e lácteos;
- Deve-se evitar uma ingestão excessiva de proteínas para não sobrecarregar o trabalho dos rins e diminuir o risco de obesidade no futuro;
- Açúcar, enlatados, frituras, refrigerantes, doces, salgadinhos e outras guloseimas devem ser evitadas nos primeiros anos de vida, introduzindo estes alimentos o mais tarde possível;
- Deve-se oferecer o alimento o mais natural possível e evitar usar sal como tempero;
- Estimular o consumo diário de frutas e hortaliças nas refeições;
- Uma alimentação variada é também uma alimentação colorida. Quanto mais colorido for o prato, mais estimulante é para a criança e é mais equilibrado;
- Deixe a criança tocar e sentir a textura dos alimentos;
- Seja persistente com um novo sabor, pois é bastante provável que seja rejeitado pela criança na primeira tentativa;
- Não tente “empurrar” mais comida;
- Deixe a criança comer sozinha para estimular a autonomia para se alimentar. Pegar os alimentos com as mãos e levar até a boca ou até mesmo deixar ela comer sozinha com a colher;
- Não use a mamadeira para dar sopas, papas ou outros tipos de alimentos;
- Ajude-o a aprender a usar a colher e o copo. Quando já os dominar, passe para o garfo.
Alimentação infantil: leites e derivados são indicados?
A ingestão de leite e derivados têm particular importância a partir desta fase e nos anos seguintes da criança, pois são alimentos que funcionam como veículo de vários nutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento da criança. Existe a ideia de que a partir dos 3 anos a criança já está preparada para beber leite de vaca. No entanto, especialistas acreditam que o leite de vaca não é a escolha ideal, dado que ele tem uma quantidade de proteínas muito superior às necessidades da criança, contribuindo para o excesso de ingestão proteica, que deve ser evitado nessa fase. Em termos de gordura, esta é de pior qualidade, sendo saturada, de difícil digestão, pobre em DHA e ômega-3, não estando de acordo com as necessidades da criança. O leite de vaca também é pobre em ferro, zinco, vitaminas C, D e E, nutrientes muito importantes nessa fase da vida da criança. É recomendado que o aleitamento materno permaneça até os 2 anos de idade ou mais.
Por essas razões, são recomendados outros produtos feitos especialmente para crianças de 1 a 3 anos que contêm leite e derivados, e outros nutrientes importantes para essa fase, nas quantidades adequadas.
As dicas não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o pediatra de seu filho para obter orientações individualizadas.
Artigos relacionados