Mulher grávida sentada em um sofá, com uma mão na barriga e a outra mão na boca.

Hiperêmese gravídica: os riscos para o feto

Gravidez
Artigo
Fev 9, 2025
6mins

Entenda o que é a hiperêmese gravídica e quais os riscos que essa condição representa para a mãe e o feto!

Se você está grávida ou conhece alguém que está, provavelmente já ouviu falar da hiperêmese gravídica. Mas o que exatamente é isso?

Basicamente, é uma forma intensa de enjoo matinal que vai muito além do que a maioria das mulheres grávidas enfrenta.

Enquanto algumas podem sentir apenas um leve desconforto, outras podem passar por episódios severos de náuseas e vômitos, que podem afetar seriamente a qualidade de vida.

Neste texto, vamos explorar o que é a hiperêmese gravídica, como ela se diferencia dos enjoos comuns da gravidez e quais os riscos que essa condição pode representar tanto para a mãe quanto para o bebê.

Boa leitura!

O que significa hiperêmese?

A hiperêmese é um termo usado para descrever vômitos intensos e incontroláveis, especialmente durante a gravidez.

No caso da hiperêmese gravídica, ela vai muito além dos enjoos matinais comuns e pode causar desidratação, perda de peso e até desequilíbrios no corpo da gestante.

Essa condição exige atenção médica, pois pode afetar tanto a saúde da mãe quanto o desenvolvimento do bebê se não for tratada adequadamente

O que pode causar hiperêmese gravídica?

A hiperêmese gravídica é uma condição que pode deixar a gravidez bem complicada, e suas causas ainda não são totalmente compreendidas.

Mas vamos dar uma olhada no que se sabe até agora sobre o que pode desencadear essa situação!

Fatores Hormonais: Um dos principais suspeitos é o aumento dos níveis de hCG (gonadotrofina coriônica humana) e estrogênio. Esses hormônios, que sobem bastante durante a gravidez, podem afetar o sistema digestivo e causar aquelas náuseas e vômitos intensos que caracterizam a hiperêmese.

Predisposição Genética: Se você tem histórico familiar de hiperêmese gravídica, pode estar mais propensa a desenvolver a condição. Isso sugere que fatores genéticos podem influenciar como seu corpo reage às mudanças hormonais da gravidez.

Gravidez Múltipla: Mulheres que estão esperando gêmeos ou mais bebês têm maior chance de sofrer com hiperêmese gravídica. Isso porque a quantidade de hormônios produzidos é ainda maior, o que pode intensificar os sintomas.

Condições Médicas Preexistentes: Algumas condições de saúde, como enxaquecas ou distúrbios gastrointestinais, podem aumentar o risco de desenvolver hiperêmese gravídica. Se você já tem problemas digestivos, isso pode complicar ainda mais as coisas durante a gravidez.

Fatores Emocionais: Embora não seja tão falado, fatores emocionais também podem desempenhar um papel. O estresse e a ansiedade relacionados à gravidez podem potencializar os sintomas de náusea e vômito.

Sintomas da hiperêmese gravídica

Os sintomas da hiperêmese gravídica costumam ser bem intensos e podem deixar a gestante se sentindo muito mal. Entre os principais sinais que indicam que alguém pode estar enfrentando essa condição, destacamos:

Vômitos Frequentes: Enquanto algumas mulheres podem ter enjoo de vez em quando, quem sofre de hiperêmese pode vomitar várias vezes ao dia, dificultando até mesmo a ingestão de alimentos e líquidos.

Náuseas Intensas: Além dos vômitos, as náuseas são persistentes e muitas vezes não aliviam com remédios caseiros comuns. Essa sensação de enjoo pode ser tão forte que torna difícil realizar atividades diárias.

Perda de Peso: Em vez de ganhar peso durante a gravidez, como é esperado, a mulher pode acabar perdendo quilos devido à incapacidade de se alimentar adequadamente.

Desidratação: Com tantos vômitos, a desidratação é um risco real. Isso pode levar a sintomas como boca seca, sede excessiva e até tonturas. A desidratação pode causar problemas mais sérios, como pressão arterial baixa e batimentos cardíacos acelerados.

Salivação Excessiva: Algumas mulheres também relatam salivação excessiva, que pode ser desconfortável e contribuir para a sensação de náusea.

Queimação no Peito: A sensação de queimação no peito ou pescoço (refluxo) também pode ocorrer, tornando tudo ainda mais desconfortável.

Hálito Ácido: O hálito pode ter um cheiro ácido, semelhante ao álcool, devido à cetose, que é quando o corpo começa a quebrar gorduras para obter energia.

Quanto tempo dura a hiperêmese gravídica?

Mulher grávida deitada com os olhos fechados, com uma mão na barriga e a outra mão na cabeça.

A hiperêmese gravídica costuma começar por volta da 5ª a 6ª semana de gestação, e os sintomas geralmente atingem o pico entre a 8ª e a 9ª semana.

Para muitas mulheres, essa condição começa a melhorar entre a 16ª e a 20ª semana, quando as náuseas e vômitos vão diminuindo.

No entanto, nem sempre é tão simples. Em alguns casos, os sintomas podem persistir até o final da gravidez, e cerca de 5% das mulheres podem continuar enfrentando esses problemas até o momento do parto.

Isso pode ser bem desafiador e, em situações mais graves, pode exigir atenção médica constante para garantir que tanto a mãe quanto o bebê estejam saudáveis.

Potenciais riscos da hiperemese gravídica para a mãe e o feto

Já apontamos aqui alguns dos principais riscos da hiperêmese gravídica para as mães, incluindo cenários de desidratação, perda de peso e problemas emocionais. Em casos extremos, a hiperêmese pode levar a complicações mais sérias, como encefalopatia de Wernicke, que é um distúrbio neurológico causado pela falta de vitamina B1.

No caso dos bebês, essa condição também representa a possibilidade de alguns riscos, como:

Baixo Peso ao Nascer: O bebê pode não receber os nutrientes necessários para um crescimento saudável, resultando em baixo peso ao nascer.

Parto Prematuro: Mulheres com hiperêmese têm maior risco de parto prematuro, o que pode trazer uma série de complicações para o recém-nascido.

Problemas no Desenvolvimento: Crianças expostas à hiperêmese gravídica podem ter um risco aumentado de distúrbios no neurodesenvolvimento, incluindo problemas comportamentais e dificuldades de aprendizado mais tarde na vida.

Deficiências Nutricionais: A falta de nutrientes essenciais durante a gravidez pode afetar o crescimento fetal e até levar a problemas de saúde no bebê após o nascimento.

Como o tratamento precoce pode minimizar esses riscos?

O tratamento precoce da hiperêmese gravídica é super importante e pode fazer uma grande diferença na saúde da mãe e do bebê.

Quando o tratamento começa logo no início, a desidratação, que é um dos principais problemas da hiperêmese, pode ser evitada. Com a administração de líquidos intravenosos logo de cara, a mãe consegue se manter hidratada e isso ajuda a evitar complicações mais sérias.

Tratamentos precoces, como antieméticos, também ajudam a controlar as náuseas e vômitos. Isso significa que a mulher pode conseguir se alimentar melhor e evitar a perda de peso excessiva.

Com o tratamento adequado, é possível garantir que a gestante receba os nutrientes necessários para ela e para o bebê. A reposição de vitaminas e eletrólitos é crucial para manter a saúde da mãe e promover um desenvolvimento saudável do feto.

Lembre-se: a orientação médica é fundamental para orientar o tratamento mais adequado para aliviar o desconforto.

Conclusão

Ao longo deste texto, vimos como a hiperêmese gravídica é uma condição que vai muito além dos enjoos matinais comuns e pode causar sérios desafios para as gestantes.

Com sintomas intensos, como vômitos frequentes e náuseas persistentes, essa condição não só afeta a qualidade de vida da mãe, mas também pode representar riscos significativos para o bebê.

Os potenciais riscos para o feto incluem baixo peso ao nascer, parto prematuro e problemas no desenvolvimento da criança. Por isso, é fundamental que as mulheres que enfrentam esses sintomas busquem ajuda médica o quanto antes.

O tratamento precoce pode ajudar a aliviar os sintomas, garantir a hidratação adequada e fornecer os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável do feto.

Se você ou alguém que você conhece está lidando com a hiperêmese gravídica, lembre-se de que não estão sozinhos e que existem recursos e apoio disponíveis. Com o cuidado certo, é possível passar por essa fase desafiadora de forma mais tranquila e segura!

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

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