Doença da Membrana Hialina ou Síndrome do Desconforto Respiratório
Vamos entender o que é a doença da membrana hialina, também conhecida como síndrome do desconforto respiratório!
A Doença da Membrana Hialina é uma condição respiratória grave, sendo mais comum em recém-nascidos, principalmente em casos de nascimento prematuro.
Também conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), essa doença costuma ser causada pela imaturidade dos pulmões, que resulta em dificuldade para respirar.
No texto a seguir vamos nos aprofundar em explicar o que é a doença da membrana hialina, as principais causas da doença, assim como o seu diagnóstico, fatores de risco e formas de tratamento.
Boa leitura!
O que é a Doença da Membrana Hialina?
A Doença da Membrana Hialina ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR, é uma condição que afeta principalmente os bebês recém-nascidos de casos prematuros, causando dificuldades respiratórias pela falta da substância chamada de surfactante pulmonar.
Essa substância é importante para reduzir a tensão dos alvéolos respiratórios e permitir a expansão dos pulmões durante a respiração.
A falta dessa substância afeta o sistema respiratório podendo gerar sintomas de dificuldade respiratória, cianose e baixa saturação de oxigênio, representando um risco grave para os recém-nascidos, exigindo uma intervenção médica o mais rápido possível.
Qual a faixa-etária mais atingida pela doença?
A Doença da Membrana Hialina afeta predominantemente recém-nascidos, sendo mais grave para bebês com idade gestacional inferior a 34 semanas e peso de nascimento inferior a 1000 gramas.
Nesse sentido, a incidência da doença é inversamente proporcional à idade gestacional. Dados indicam que cerca de 50% dos bebês com idade gestacional entre 26 e 28 semanas desenvolvem a doença.
Primeiros sinais e sintomas da doença
Os primeiros sinais da Doença da Membrana Hialina costumam aparecer logo após o nascimento, sendo identificada pela dificuldade respiratória acentuada nos recém-nascidos.
É comum que os bebês acometidos por essa condição apresentem uma respiração rápida e ruidosa, além da cianose, uma condição em que a pele adquire uma coloração azulada pela baixa oxigenação, e dificuldade para manter o bebê acordado.
Sintomas como esses indicam que os pulmões do recém-nascido estão apresentando dificuldade ou incapacidade de se expandir da forma adequada na respiração, pela falta da substância que facilita esse movimento.
Como é feito o diagnóstico da doença?
Para realizar o diagnóstico correto da doença, os profissionais de saúde costumam avaliar sinais clínicos como respiração acelerada, rebaixamento do tórax e cianose, logo nas primeiras horas de vida.
Para avaliar a oxigenação e ventilação adequada do organismo do recém-nascido, é utilizado um exame que mede o pH e as quantidades de oxigênio e dióxido de carbono no sangue.
Também é realizada a radiografia de tórax para apontar o padrão de derrame alveolar e a presença de “vidro fosco”, típico dessa doença.
Hemoculturas também podem ser solicitadas para excluir a possibilidade de infecções e investigar meningites supra desenvolvidas.
Fatores de risco da doença
A Doença da Membrana Hialina pode ser influenciada por alguns fatores de risco que vamos listar abaixo:
- Prematuridade: geralmente os pulmões dos bebês prematuros não estão maduros para produzir a substância surfactante, levando ao desenvolvimento da doença.
- Diabetes materna: pode causar alterações na maturação pulmonar do feto, aumentando a probabilidade de Síndrome do Desconforto Respiratório.
- Sexo masculino: bebês do sexo masculino têm maior predisposição a complicações respiratórias.
- Histórico de Síndrome do Desconforto Respiratório em irmãos: o fator genético pode elevar o risco para novos recém-nascidos.
- Malformações torácicas: quadros como a hérnia diafragmática, podem comprometer a função pulmonar e aumentar a incidência da doença.
- Cesárea programada: intervenções como a cesárea programada, especialmente antes da 39ª semana de gestação, podem aumentar o risco de incidência da doença, pelo impacto na maturação pulmonar.
- Anoxia neonatal: a ausência de oxigênio nas células do recém-nascido agrava a doença, resultando em dificuldades respiratórias.
Complicações que a doença pode trazer
A Doença da Membrana Hialina pode trazer complicações diversas, como:
- Hipoxemia: baixo nível de oxigênio no sangue que compromete o funcionamento dos órgãos e tecidos do corpo;
- Atelectasia: quando uma parte do pulmão não se expande adequadamente;
- Necessidade de ventilação mecânica;
- Maior risco de infecções e lesões pulmonares.
Como acontece o tratamento?
O tratamento da Doença da Membrana Hialina envolve algumas abordagens muito importantes e emergenciais em alguns casos, como a administração de surfactante exógeno e a fisioterapia respiratória.
Como já dissemos, o surfactante é a substância que reduz a tensão superficial nos alvéolos, prevenindo o colapso pulmonar e melhorando a oxigenação.
A administração dessa substância nos bebês prematuros é feita por uma intubação traqueal, visando estabilizar a função respiratória dos recém-nascidos.
Por outro lado, a fisioterapia respiratória tem um papel muito importante no tratamento desses bebês, para ajudar a desobstruir as vias aéreas e facilitar a expiração, a ventilação e a troca gasosa.
Em alguns casos, o tratamento pode acontecer também com a utilização de corticosteroides durante a gestação, especialmente nos casos de risco de parto prematuro, uma vez que esses medicamentos auxiliam na maturação pulmonar do feto e aceleram a produção de surfactante pelo pulmão do bebê.
Conclusão
Nesse texto, buscamos nos aprofundar nos detalhes da Doença da Membrana Hialina, também conhecida como Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR).
Reconhecida como uma condição respiratória grave, a doença é mais comum em recém-nascidos, principalmente em casos de nascimento prematuro, sendo causada geralmente pela imaturidade dos pulmões.
Assim, a doença resulta em uma produção insuficiente de surfactante, uma substância importante para reduzir a tensão dos alvéolos respiratórios e permitir a expansão dos pulmões durante a respiração.
Bebês acometidos por essa condição, geralmente apresentam uma respiração rápida e ruidosa, cor de pele azulada pela baixa oxigenação e sono.
Com os primeiros sinais da Doença da Membrana Hialina aparecendo logo após o nascimento, o tratamento envolve abordagens como a administração de surfactante exógeno e a fisioterapia respiratória.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde para receber orientações individualizadas.
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