Difteria: sintomas, tratamento e prevenção
Conheça os sintomas associados à difteria, como é o tratamento e confira informações sobre prevenção dessa doença. Leia mais!
Introdução
A difteria é uma doença infecciosa que afeta especialmente o trato respiratório, podendo atingir outras partes do corpo dependendo da gravidade e do avanço da infecção.
Neste artigo, explicaremos o que é a difteria, em seguida, analisaremos quais são os sintomas da difteria. É importante reconhecer os sinais iniciais da doença para buscar ajuda médica o quanto antes, o que pode fazer uma diferença significativa na recuperação.
O tópico sobre como é o tratamento da difteria será discutido em detalhes. Você conhecerá os medicamentos normalmente usados, a importância do tratamento em ambiente hospitalar e como os pacientes com difteria são cuidados durante sua recuperação.
Por fim, abordaremos a questão da vacinação contra a difteria. Você entenderá a importância da imunização como uma medida preventiva fundamental para combater essa doença.
Continue a leitura!
O que é difteria?
A difteria, também conhecida como crupe, é uma doença altamente contagiosa que afeta o sistema respiratório e outras partes do corpo.
Ela é causada por uma bactéria chamada Corynebacterium diphtheriae e é facilmente transmitida de pessoa para pessoa, especialmente em ambientes fechados.
Quais os sintomas da difteria?
A difteria é uma doença grave e que apresenta uma variedade de sintomas que podem afetar várias partes do corpo, com maior ênfase no sistema respiratório.
Entre os principais sintomas da difteria, destacam-se:
- Placa esbranquiçada nas amígdalas: um dos sinais característicos da difteria é o surgimento de uma placa esbranquiçada nas amígdalas, que pode se espalhar para outras regiões do corpo, como a garganta. Isso pode levar a sérias dificuldades respiratórias.
- Dor leve na garganta: os pacientes frequentemente experimentam dor de garganta como um dos primeiros sintomas da difteria.
- O inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço é comum.
- Conforme a doença progride, pode causar problemas respiratórios significativos devido à formação de placas nas vias respiratórias.
- A falta de oxigênio no sangue pode resultar em palidez.
- Os pacientes com difteria frequentemente relatam uma sensação extrema de fadiga.
- Embora a febre nem sempre ocorra, é um sintoma comum.
- A difteria também pode causar coriza.
- Em alguns casos, podem ocorrer manchas avermelhadas na pele e ocasionar úlceras na região afetada, semelhante a uma ferida aberta.
Além disso, a toxina produzida por certas cepas de Corynebacterium diphtheriae também pode afetar os nervos, resultando em sintomas como
- dificuldade em engolir;
- fraqueza nos músculos da face, garganta, braços e pernas;
- em casos graves, a toxina pode levar à paralisia do diafragma, causando insuficiência respiratória;
- efeitos cardíacos, levando a uma frequência cardíaca rápida, arritmias, pressão arterial baixa e miocardite (inflamação do músculo cardíaco).
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Como é o tratamento?
O tratamento da difteria é uma intervenção médica crucial para combater essa doença infecciosa potencialmente grave e deve ser iniciado o quanto antes, mesmo antes de um diagnóstico para amenizar sintomas e evitar complicações mais graves.
O tratamento envolve várias abordagens, incluindo:
- Antitoxina Diftérica: o tratamento da difteria geralmente começa com a administração da antitoxina diftérica (também conhecida como soro antidiftérico). Essa antitoxina contém anticorpos que são essenciais para neutralizar a toxina produzida pela bactéria causadora da difteria.
- Antibióticos: de acordo com o Manual MSD, antibióticos, como a penicilina ou a eritromicina, são prescritos para eliminar as bactérias e tem duração de 14 dias.
- Hospitalização: pacientes com difteria respiratória geralmente necessitam ser hospitalizados em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para monitorar de perto a função respiratória, fornecer suporte ventilatório se necessário e garantir o tratamento adequado.
- Isolamento: para evitar a propagação da doença, as pessoas diagnosticadas com difteria são mantidas em isolamento até que duas culturas, coletadas após o término do tratamento com antibióticos, confirmem a eliminação das bactérias.
- Tratamento das Complicações: em casos graves, a difteria pode causar complicações, como danos ao coração. Se o coração for afetado, os pacientes podem precisar de tratamento adicional.
Tem vacina para difteria?
A vacina contra a difteria é uma parte essencial do programa de imunização do Brasil e tem desempenhado um papel fundamental na redução da incidência dessa doença potencialmente grave.
A vacina contra a difteria faz parte de vacinas combinadas que também protegem contra outras doenças, como o tétano e a coqueluche. Conforme o Manual MSD, a vacina a ser administrada depende da idade da pessoa:
- Crianças com menos de 7 anos de idade: para crianças nessa faixa etária, a vacina administrada é conhecida como DTaP, que significa tétano, difteria e coqueluche acelular. Ela é parte integrante da rotina de vacinação infantil.
- Adolescentes e Adultos: A partir dos 11 ou 12 anos de idade, os adolescentes recebem uma dose de reforço da vacina, chamada Tdap, que significa tétano, difteria e coqueluche acelular. Além disso, as pessoas com 13 anos ou mais que nunca receberam a Tdap ou não têm certeza se a receberam também são elegíveis para essa vacinação. Um reforço da vacina dT, que protege contra tétano e difteria, é administrado a cada dez anos após a Tdap.
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Conclusão
Neste artigo, exploramos em detalhes a difteria, uma doença infecciosa que pode ter consequências graves se não for adequadamente tratada e prevenida. Até aqui entendemos que a difteria é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae e que ela afeta especialmente o sistema respiratório.
Ao longo do artigo, discutimos os principais sintomas da difteria, que podem variar desde uma placa esbranquiçada nas amígdalas e dor de garganta até complicações respiratórias e cardíacas potencialmente.
Além disso, exploramos o tratamento da difteria, que envolve o uso de antibióticos, administração de antitoxinas para neutralizar a toxina produzida pela bactéria, entre outros. Salientamos a importância da vacinação como medida preventiva, com a vacina contra a difteria sendo administrada em combinação com outras vacinas, dependendo da idade da pessoa.
A conscientização, a vacinação e o tratamento precoce desempenham papéis cruciais na prevenção e no controle da difteria, assegurando a saúde e o bem-estar de todos. Continue se informando sobre temas de saúde e prevenção aqui no Nestlé Baby&Me.
Referências
MANUAL MSD - Versão Saúde para a Família. Difteria. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C…;
Secretaria da saúde do estado do Paraná. Difteria. Disponível em: <https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Difteria>
MANUAL MSD - Versão Saúde para a Família. Vacina contra difteria, tétano e coqueluche. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/imuniza%C3%A7…;
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