Introdução
A maternidade é um momento repleto de emoções e expectativas, mas também traz consigo algumas preocupações e desafios. Uma condição que pode surgir durante a gestação e requer atenção especial é o descolamento da placenta. Você já ouviu falar sobre isso?
Neste artigo, vamos abordar, de forma clara e informativa, o que é, quais são as suas causas e fatores de risco, além de explorar os sintomas que podem surgir.
Também veremos como é feito o diagnóstico, quais são os exames utilizados para identificar essa condição e, claro, quais são as opções de tratamento disponíveis.
Então, se você está grávida ou conhece alguém que está, acompanhe este conteúdo para ficar bem informada e tranquila em relação a essa condição.
Boa leitura!
O que é descolamento de placenta?
O descolamento de placenta, também conhecido como descolamento prematuro de placenta (DPP), é uma condição em que a placenta se separa da parede uterina antes do momento do parto.
Esse descolamento pode ocorrer de forma parcial ou total e pode apresentar diferentes graus de gravidade, afetando tanto a saúde da gestante quanto a do bebê.
É importante destacar que o descolamento de placenta é uma complicação obstétrica séria e de risco, ocorrendo em, aproximadamente, 1 a 2% das gestações.
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Causas do descolamento de placenta
Existem diversas razões que podem levar ao descolamento prematuro da placenta. Embora seja possível ocorrer em qualquer gestante, é mais comum em mulheres com fatores de risco que afetam a circulação sanguínea.
O descolamento de placenta é uma causa significativa de sangramento no terceiro trimestre da gravidez, quando o feto e a placenta estão em um estágio avançado de desenvolvimento.
Fatores de risco
Diversos fatores podem afetar a circulação sanguínea e levar ao descolamento da placenta. Entre eles, estão:
- fazer esforços físicos intensos;
- sofrer impactos fortes na região das costas ou da barriga;
- pressão alta ou pré-eclâmpsia;
- tabagismo;
- uso de drogas;
- rotura prematura da bolsa amniótica;
- baixa quantidade de líquido amniótico;
- doenças que afetam a coagulação sanguínea.
É fundamental compreender esses fatores de risco para adotar medidas preventivas e buscar um acompanhamento médico adequado durante a gravidez.
Sintomas do descolamento de placenta
Os sintomas do descolamento de placenta podem variar, mas é comum observar:
- sangramento vaginal;
- contrações uterinas intensas;
- aumento da frequência cardíaca da mãe;
- alterações na pressão arterial.
Em casos mais graves, pode ocorrer hipertonia uterina, hipotensão arterial materna e óbito fetal.
É fundamental que as gestantes estejam atentas aos sinais e sintomas do descolamento de placenta e busquem assistência médica imediata caso apresentem qualquer suspeita. O diagnóstico e tratamento precoce são essenciais para garantir a saúde da gestante e do bebê.
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Diagnóstico do descolamento de placenta: como funciona
O diagnóstico do descolamento prematuro de placenta (DPP) é um processo clínico que envolve a avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela gestante.
No entanto, a realização de exames complementares, como a ultrassonografia e os exames laboratoriais, auxiliam na confirmação do diagnóstico e na determinação da gravidade do quadro.
Exames utilizados para o diagnóstico
A ultrassonografia é um exame de imagem amplamente utilizado no diagnóstico do descolamento de placenta. Ele permite visualizar a localização da placenta, identificar possíveis hematomas retroplacentários e avaliar a quantidade de líquido amniótico. Esse exame é fundamental para diferenciar o DPP de outras condições que apresentam sintomas semelhantes.
Os exames laboratoriais fornecem informações sobre a saúde materna e fetal. Alguns dos exames de sangue mais comuns e solicitados incluem:
- Contagem completa de sangue (hemograma): avalia a presença de anemia, distúrbios de coagulação ou outras anormalidades sanguíneas que possam estar relacionadas ao DPP.
- Dosagem de fibrinogênio: o fibrinogênio é uma proteína essencial para a coagulação sanguínea. Baixos níveis deste componente podem indicar um quadro de sangramento excessivo associado ao descolamento de placenta.
- Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa): avalia o tempo necessário para a coagulação do sangue. Alterações nos valores podem indicar distúrbios de coagulação relacionados ao DPP.
Tratamento do descolamento de placenta
No tratamento do descolamento de placenta, podem ser adotadas diferentes abordagens, dependendo da gravidade do caso e das condições da gestante e do bebê.
Monitoramento e repouso
Após o diagnóstico de descolamento de placenta, um médico obstetra fará o acompanhamento e monitoramento do quadro.
Em alguns casos, pode ser recomendado o repouso absoluto, com a finalidade de reduzir a pressão sobre a placenta e minimizar o risco de complicações adicionais.
Intervenção médica e possibilidade de parto prematuro
Em situações mais graves de descolamento de placenta, em que há risco iminente para a saúde da mãe ou do bebê, pode ser necessária uma intervenção médica imediata.
Nesses casos, o médico pode optar pela realização de um parto prematuro, seja por meio de um parto normal ou por cesárea, dependendo das condições específicas.
A decisão sobre a escolha do método de parto dependerá da gravidade do descolamento e das semanas de gestação. O objetivo principal é garantir o nascimento seguro do bebê e preservar a saúde da mãe.
Conclusão
Conforme vimos, o descolamento de placenta é uma condição séria e que causa preocupação durante a gestação.
O conhecimento sobre os sintomas, os riscos e a importância do diagnóstico precoce são fundamentais para que as gestantes possam tomar as medidas necessárias e garantir a sua própria saúde e a do bebê.
As informações apresentadas não substituem uma consulta médica. Sempre consulte o seu médico em caso de dúvidas ou suspeitas de descolamento de placenta, pois somente um profissional qualificado poderá fazer o diagnóstico correto e indicar o melhor tratamento.
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Referências
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual técnico - Gestação de alto risco. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf>
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