Criança com piolho: mitos e verdades!
Saiba quais são os primeiros sinais dos piolhos em crianças e veja como a infestação pode ocorrer em qualquer tipo de cabelo!
Podendo afetar crianças de qualquer idade e com qualquer tipo de cabelo, os piolhos são parasitas pequenos, capazes de causar infestações e que são envoltos de muitos mitos, passados de geração para geração.
Frequentemente, a infestação de piolho é associada a tipos específicos de cabelo ou a condições de higiene inadequada, o que é um grande mito, uma vez que os piolhos não diferenciam cabelo liso, cacheado ou crespo e nem fazem distinção de higiene.
É comum ouvirmos histórias e vivermos situações nas quais os piolhos se espalham em ambientes diversos, como escolas e creches, onde o contato próximo entre as crianças é comum.
Neste texto, vamos falar sobre os casos de crianças com piolho, uma realidade comum que pode surpreender muitos pais pelos seus mitos e verdades. Vamos falar sobre os primeiros sinais de piolhos em crianças, o tratamento, além de cuidados para evitar a infestação.
Boa leitura!
O que são os piolhos?
Os piolhos são pequenos insetos parasitas que fazem parte da ordem Phthiraptera. Com um tamanho entre 1 e 3 milímetros, e corpo achatado com pernas adaptadas para agarrar os fios de cabelo, os piolhos possuem uma coloração que varia de cinza claro a marrom.
Entre as espécies que afetam os seres humanos, destacamos:
- piolho da cabeça (Pediculus humanus capitis);
- piolho do corpo (Pediculus humanus corporis);
- piolho de pubis (Pthirus pubis), também conhecido como “chato”.
Os piolhos são transmitidos geralmente pelo contato direto com uma pessoa infectada ou pelo uso de objetos pessoais contaminados, como escovas, chapéus e toalhas.
Os piolhos se alimentam do sangue humano depois de se fixarem no cabelo ou na pele e usam suas peças bucais para penetrar a pele e extrair o sangue, garantindo a sua sobrevivência e reprodução, causando coceira e desconforto nas pessoas.
A incidência de piolhos é mais comum entre crianças em idade escolar, com a Organização Mundial da Saúde estimando que entre 10% e 20% das crianças sofrem com infestação em certos momentos da vida escolar.
Diferença entre piolho e lêndea
Antes de prosseguirmos falando sobre os piolhos, vamos diferenciar esses parasitas da lêndea.
- Piolho: é um inseto adulto que se alimenta de sangue humano, com tamanho pequeno, que pode ser facilmente observado se movendo pelo cabelo e couro cabeludo.
- Lêndea: é o ovo do piolho, que se fixa firmemente nos fios de cabelo, com aparência de pequenos grãos brancos ou amarelos, com difícil identificação à primeira vista.
Outra diferença é que a presença de piolhos indica uma infestação ativa, enquanto as lêndeas podem persistir mesmo após o tratamento, podendo levar a novas infestações.
O que atrai os piolhos?
Os fatores que favorecem a atração dos piolhos e consequentemente o contágio são a proximidade física entre pessoas contaminadas e não contaminadas e o uso compartilhado de objetos pessoais como bonés, escovas e toalhas, se espalhando facilmente em contato direto entre as pessoas.
Os piolhos se proliferam com mais facilidade em ambientes com alta densidade populacional, sendo mais comuns entre crianças em idade escolar, onde o contato físico é frequente.
Primeiros sinais de piolhos em crianças
Para identificar a presença de piolhos em crianças, é importante estar atento para sintomas específicos, como:
- Coceira excessiva no couro cabeludo, que pode se intensificar ao longo do tempo;
- Irritação na pele, levando à vermelhidão ou, em casos mais graves, às lesões por arranhões;
- Presença de lêndeas presas aos fios de cabelo, geralmente próximos à raiz.
Riscos dos piolhos em espaços coletivos
Em espaços coletivos, como escolas, creches e clubes, o risco de infestação de piolhos aumenta significativamente, uma vez que a proximidade entre as crianças favorece a propagação dos parasitas.
É importante conscientizar a comunidade sobre medidas preventivas, como evitar o compartilhamento de objetos pessoais e realizar inspeções regulares no couro cabeludo das crianças, para reduzir a infestação e garantir ambientes mais saudáveis e livres de piolhos, protegendo a saúde das crianças em espaços coletivos.
O que fazer quando a criança está com piolho?
Para identificar se uma criança está com piolhos, o primeiro passo é inspecionar cuidadosamente a cabeça da criança para confirmar a infestação.
Para tratar da infestação de piolhos, as opções mais comuns e eficazes incluem shampoos específicos para combater os parasitas, que contêm inseticidas e devem ser aplicados conforme as instruções do fabricante.
Existem também remédios caseiros, como o uso de vinagre ou óleo de coco, que podem ajudar a soltar os ovos.
O tratamento deve ser repetido após uma semana para eliminar qualquer piolho recém-nascido, além de ser muito recomendado higienizar bem os ambientes, lavando as roupas de cama, toalhas e roupas em água quente e passando aspirador em móveis e carpetes, para eliminar os piolhos e lêndeas que possam ter caído.
Vale destacar sempre que é essencial consultar um pediatra antes de envolver a criança em qualquer tipo de tratamento químico.
Mitos e verdades
Higiene: Muitas vezes, os piolhos são associados à falta de higiene, mas essa é uma ideia errônea. Eles podem infestar pessoas com qualquer tipo de cabelo e condição socioeconômica, pois a transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com pessoas infestadas.
Tratamento: Embora existam diversos tratamentos disponíveis, como shampoos e loções, a eficácia varia, sendo essencial seguir as instruções corretamente e repetir o tratamento, se necessário.
Prevenção: para prevenir uma infestação de piolhos, é fundamental evitar o contato físico direto com a pessoa contaminada e o compartilhamento de objetos pessoais, como chapéus, escovas e toalhas.
Conclusão
Neste texto buscamos desmistificar algumas inverdades referentes à infestação de piolhos, que são passadas de geração em geração, e podem prejudicar a saúde, o bem-estar e a autoestima das crianças e pessoas infectadas com estigmas errôneos.
Como vimos, os piolhos são pequenos parasitas que podem se fixar no couro cabeludo, no corpo ou na púbis e se alimentam de sangue humano, provocando coceiras, desconforto e incômodo constante na pessoa contaminada.
Essa transmissão acontece de forma mais comum em ambientes coletivos, devido ao aumento do contato físico entre pessoas possivelmente contaminadas, que favorece a propagação dos piolhos.
O tratamento para esses parasitas pode ser feito pela utilização de produtos específicos e recomendados pelos profissionais de saúde, junto a atitudes de prevenção que envolvem evitar o compartilhamento de objetos pessoais e o contato físico com pessoas contaminadas.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
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