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Colestase gestacional: o que causa? Como é feito o diagnóstico e tratamento?

Saiba mais sobre a colestase gestacional, entenda os sintomas, conheça as possíveis causas e qual tratamento comumente é indicado pelos médicos. Leia mais!

5mins para ler Set 8, 2023
Baby and Me

Revisado pela equipe científica da Nestlé

A equipe científica da Nestlé é formada por nutricionistas especializados em nutrição materno-infantil, com sólida formação técnica e anos de experiência em prática clínica.

Introdução

A colestase gestacional é uma condição que pode surgir durante a gravidez, trazendo preocupações e dúvidas para as futuras mães.

Para nos ajudar a compreender melhor esse aspecto da gestação, contamos com a colaboração da Dra. Danielle Miyamoto, CRM: 156030-SP, ginecologista e obstetra, que foi entrevistada e compartilhou seus conhecimentos e orientações sobre o tema.

Neste artigo, exploraremos o que é a colestase gestacional, os diferentes tipos existentes, os sintomas característicos dessa condição e suas possíveis causas durante a gravidez. Além disso, abordaremos como é realizado o diagnóstico.

Acompanhe a leitura para entender melhor sobre esse aspecto da gestação e como cuidar da saúde da gestante e do bem-estar do bebê. Boa leitura!

 

O que é a colestase gestacional?

A Dra. Danielle afirma que “a colestase gestacional é uma condição em que a gestante apresenta prurido e elevação nas concentrações sanguíneas de ácidos biliares, desenvolvendo-se tipicamente no final do segundo e/ou terceiro trimestre e resolvendo-se rapidamente após o parto”.

Além disso, conforme o Manual de condutas em doenças colestáticas e autoimunes do fígado, a colestase gestacional pode ter impacto na saúde do bebê em gestação. Os ácidos biliares acumulados no sistema circulatório podem atravessar a placenta e afetar o desenvolvimento do feto. Isso pode aumentar o risco de parto prematuro e levar à falta de oxigenação adequada para o bebê durante o período gestacional.

 

Quais os tipos de colestase?

De acordo com a Dra. Danielle Miyamoto existem dois tipos de colestase: intra-hepática ou extra-hepática, entenda as características de cada uma:

  • A intra-hepática, como ocorre na colestase gestacional e em hepatites, apresenta causa relacionada ao próprio fígado.
  • A extra-hepática significa que a causa é fora do fígado, mas na via biliar, como ocorre em cálculos da vesícula biliar que podem obstruir o ducto.

 

Quais os sintomas de colestase gestacional?

Segundo a Dra. Danielle Miyamoto, “o primeiro e principal sintoma da colestase gestacional é o prurido (coceira), que varia de leve a intolerável. Pode acontecer em todo o corpo, mas em geral se inicia e predomina nas palmas das mãos e plantas dos pés.”

Além da coceira, outros sintomas podem estar associados a essa condição, como:

Alterações na cor da pele e dos olhos: em alguns casos, a colestase gestacional pode causar uma coloração amarelada na pele, conhecida como icterícia. Além disso, a urina pode se tornar escura e as fezes com excesso de gordura, portanto mais claras que o normal.

Fadiga e mal-estar: Algumas mulheres também podem experimentar cansaço excessivo e sensação de mal-estar.

LEIA MAIS: O que grávida pode comer e o que deve evitar durante a gestação

 

O que causa a colestase na gravidez?

A ginecologista entrevistada mencionou que a “[...] causa não é completamente compreendida, mas envolve susceptibilidade genética, em que há aumento de risco de ocorrência em parentes de primeiro grau e maior risco de recorrência em gestações futuras;”

Além disso, os hormônios da gravidez também podem desempenhar um papel importante. Durante os meses que antecedem o nascimento do bebê, os níveis hormonais da gestante aumentam, o que pode retardar o fluxo normal da bile, um fluido produzido pelo fígado que auxilia na digestão das gorduras. Esse acúmulo de bile no fígado leva à liberação de ácidos biliares na corrente sanguínea, que acabam sendo incorporados à pele, resultando em coceira (prurido).

 

Como é realizado o diagnóstico da colestase gestacional?

Em conversa com a Dra. Danielle Miyamoto, ela mencionou que o diagnóstico é realizado por meio da avaliação clínica dos sintomas apresentados pela gestante, especialmente a coceira intensa.

Para fechar o diagnóstico, o médico solicitará exames laboratoriais que avaliam os níveis de:

  • ácidos biliares totais;
  • bilirrubinas;
  • transaminases hepáticas;
  • fosfatase alcalina;
  • gama-glutamil transpeptidase.

O aumento dos ácidos biliares totais e das transaminases hepáticas é um indicativo importante da colestase gestacional.

É fundamental que o médico descarte outras doenças que possam causar sintomas semelhantes ao prurido, garantindo um diagnóstico preciso.

 

Qual é o tratamento da colestase?

Conforme a Dra. Danielle Miyamoto, o tratamento da colestase gestacional tem como objetivo aliviar os sintomas e garantir o bem-estar da gestante e do bebê durante a gravidez, a partir de medicações e/ou uso de cremes corporais específicos para aliviar o desconforto causado pela coceira na pele.

É importante ressaltar que o tratamento definitivo para a colestase gestacional é o parto. Em geral, o momento mais adequado para o parto é em torno da 37ª semana de gravidez, mas essa decisão deve ser tomada pelo médico, considerando a vitalidade fetal e o bem-estar da gestante.

LEIA MAIS: Dicas para resolver pequenos problemas de saúde na gravidez

 

Conclusão

Ao longo deste artigo, pudemos compreender melhor o que é a colestase gestacional e seus diferentes aspectos. Essa condição não possui uma causa específica, mas acredita-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais possam contribuir para o desenvolvimento.

O diagnóstico da colestase gestacional é realizado a partir de exames de sangue que avaliam os níveis de ácidos biliares, bilirrubinas, transaminases hepáticas, fosfatase alcalina e gama-glutamil transpeptidase.

Quanto ao tratamento, o uso do ácido ursodesoxicólico é comumente indicado para aliviar o prurido.

Para mais informações e orientações sobre a gestação e cuidados com o bebê, conte com o Nestlé Baby&Me. Acesse e confira!

As dicas não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o seu profissional de saúde para obter orientações individualizadas.

Dra. Danielle Miyamoto

Dra. Danielle Miyamoto

Ginecologista e Obstetra

  • Graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em 2012
  • Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela UNICAMP – CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), em 2016
  • Residência Médica em Mastologia pela Universidade de São Paulo (USP) em 2018
  • Mestrado em Ciências da Saúde, na área de Oncologia Mamária pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas - Campinas/SP, em 2020
  • Curso de Exames de Imagem da Mama: Extecamp - Unicamp, em 2019
  • Doutorado em Ciências da Saúde, na área de Oncologia Mamária pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas - Campinas/SP, em andamento
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