
Clampeamento do cordão umbilical: benefícios e quando é feito
Saiba mais sobre o clampeamento do cordão umbilical, o processo de interrupção do fluxo sanguíneo entre a placenta e o recém-nascido após o parto.
Hoje, vamos conversar sobre um tema super importante e que gera muitas dúvidas: o clampeamento do cordão umbilical. Você sabe o que é e qual a diferença entre o clampeamento precoce e o tardio?
Neste artigo, vamos te explicar tudo sobre o clampeamento do cordão umbilical, desde os benefícios do clampeamento tardio – como o aumento do estoque de ferro do bebê, uma melhor adaptação do coração e pulmões do recém-nascido e a diminuição do risco de anemia – até o papel desse processo na coleta de sangue do cordão umbilical para guardar as células-tronco.
Boa leitura!
Para que serve o clampeamento do cordão umbilical?
O clampeamento do cordão umbilical é um procedimento simples que ocorre logo após o nascimento do bebê. Ele consiste em interromper o fluxo de sangue entre a placenta e o recém-nascido, geralmente por meio do pinçamento do cordão umbilical. Esse processo é importante porque marca o início da vida independente do bebê, separando-o da mãe.
Existem diferentes momentos para realizar o clampeamento, dependendo das condições do bebê. Vamos saber mais sobre esses momentos a seguir e entender qual o tempo ideal para o clampeamento do cordão umbilical.
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Qual o tempo ideal para o clampeamento do cordão umbilical?
O tempo ideal para o clampeamento do cordão umbilical depende de algumas condições, mas geralmente é recomendado o clampeamento tardio para bebês saudáveis.
Clampeamento Imediato: É feito em situações de emergência, como quando o bebê não está respirando bem ou há problemas com a placenta. Nesse caso, o clampeamento pode ser necessário em até 15 segundos após o nascimento.
Clampeamento Precoce: Para bebês prematuros (menos de 34 semanas), o clampeamento pode ser feito entre 30 segundos e 1 minuto após o nascimento, se o bebê estiver bem.
Clampeamento Tardio: É recomendado para bebês a termo que estão respirando bem. O ideal é esperar de 1 a 3 minutos após o nascimento, ou até que o cordão pare de pulsar. Esse método oferece benefícios como aumento das reservas de ferro e redução do risco de anemia.
Como é feito o clampeamento do cordão umbilical?

O procedimento do clampeamento do cordão umbilical é simples e rápido, sendo realizado logo após o nascimento do bebê.
Primeiro, a equipe médica avalia a saúde do bebê e decide o momento ideal para o clampeamento, considerando se é necessário um clampeamento imediato, precoce ou tardio.
O clampeamento envolve o uso de um instrumento para pinçar o cordão umbilical, interrompendo o fluxo de sangue entre a placenta e o bebê. Após o pinçamento, o cordão é cortado.
O clampeamento tardio é amplamente recomendado por organizações de saúde, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), devido aos seus benefícios para a saúde do recém-nascido.
Benefícios do clampeamento tardio
O clampeamento tardio do cordão umbilical é uma prática que oferece vários benefícios para o recém-nascido.
Aumento das Reservas de Ferro: O clampeamento tardio permite que mais sangue rico em ferro seja transferido do cordão umbilical para o bebê, o que ajuda a prevenir a anemia na infância.
Melhor Transição Cardiopulmonar: O sangue extra recebido ajuda o coração e os pulmões do bebê a se adaptarem melhor à vida fora do útero.
Redução do Risco de Anemia Infantil: Com mais ferro disponível, o risco de anemia no futuro é menor, garantindo que o bebê tenha uma boa saúde hematológica.
Benefícios para Bebês Prematuros: Reduz o risco de hemorragia intraventricular, sepse tardia e a necessidade de transfusões sanguíneas e ventilação mecânica.
Contato Pele a Pele: Durante o tempo de espera, o bebê pode ficar mais tempo em contato pele a pele com a mãe, o que é benéfico para a saúde emocional e física do recém-nascido.
Clampeamento do cordão umbilical e o armazenamento de células-tronco
O clampeamento do cordão umbilical desempenha um papel importante no armazenamento de células-tronco, que são coletadas do sangue do cordão umbilical e da placenta.
As células-tronco estão presentes em abundância no cordão umbilical e na placenta. Elas devem ser coletadas logo após o clampeamento do cordão, que é o momento em que o médico interrompe a ligação entre o feto e a mãe.
Dessa forma, o clampeamento tardio permite que mais sangue seja transferido para o bebê, mas também pode afetar a quantidade de sangue disponível para a coleta de células-tronco. Estudos mostram que o clampeamento em até 1 minuto pode preservar uma boa quantidade de sangue para coleta, mantendo a segurança para o bebê.
As células-tronco do cordão umbilical são usadas em tratamentos de doenças graves, como leucemias e anemias aplásticas, além de terem potencial em pesquisas sobre doenças autoimunes e infecciosas.
Após a coleta, as células-tronco são armazenadas em bancos de células-tronco, onde podem ser usadas no futuro para tratamentos médicos, caso necessário.
Decisão sobre o momento do clampeamento
A decisão sobre o momento do clampeamento do cordão umbilical é importante e deve ser feita com base nas necessidades e condições do bebê e da mãe.
Se o bebê estiver bem e respirando normalmente, o clampeamento tardio é geralmente recomendado. Em casos de emergência, como problemas respiratórios graves ou complicações com a placenta, o clampeamento imediato pode ser necessário para garantir a segurança do bebê.
É importante discutir suas preferências e preocupações com a equipe médica antes do parto. Eles podem ajudar a decidir o melhor momento para o clampeamento com base nas suas necessidades individuais.
Conclusão
Neste texto, vimos que o clampeamento do cordão umbilical é um procedimento crucial que marca o início da vida independente do bebê.
Existem diferentes momentos para realizar o clampeamento, sendo o clampeamento tardio, realizado entre 1 a 3 minutos após o nascimento, amplamente recomendado para bebês saudáveis devido aos seus benefícios significativos.
Esses benefícios incluem o aumento das reservas de ferro, melhor transição cardiopulmonar e redução do risco de anemia infantil. Além disso, o clampeamento tardio também influencia a coleta de células-tronco, que são valiosas para tratamentos médicos futuros.
A decisão sobre o momento do clampeamento deve ser feita em conjunto com a equipe médica, considerando as condições específicas do parto e as preferências pessoais. Organizações de saúde, como a OMS, apoiam o clampeamento tardio por ser uma prática segura e eficaz que promove a saúde materno-infantil.
Portanto, entender os diferentes tipos de clampeamento e seus benefícios é essencial para que as famílias possam tomar decisões informadas sobre o cuidado de seus recém-nascidos.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.