Mulher grávida passando por um exame de ultrassom.

Bebê em posição pélvica: riscos para a mãe e o feto!

Gravidez
Artigo
Fev 19, 2025
9mins

Saiba o que significa um bebê estar em posição pélvica e quais os riscos associados a essa posição, tanto para a mãe quanto para o bebê!

Sabemos que, quando o dia do parto se aproxima, uma das preocupações que podem surgir para as futuras mamães e papais é a posição em que o bebê está. Nesse caso, você já ouviu falar da posição pélvica?

Basicamente, isso significa que o bebê está sentado, com o bumbum voltado para o canal de parto, em vez de estar de cabeça para baixo, como é ideal. Essa posição pode trazer alguns desafios e riscos tanto para a mamãe quanto para o pequeno.

Neste texto, vamos explorar o que significa realmente estar em posição pélvica, quais são os riscos associados e como isso pode impactar a experiência do parto. Se você está curiosa ou preocupada com esse assunto, vem com a gente!

Boa leitura!

O que significa quando o bebê está pélvico?

Quando o bebê está em posição pélvica, significa que ele está sentado dentro da barriga da mãe, com o bumbum ou os pés voltados para o canal de parto, em vez de estar de cabeça para baixo, como seria o ideal para um parto vaginal.

Essa posição é menos comum e ocorre em cerca de 3 a 4% das gestações. Normalmente, os bebês se ajeitam na posição cefálica (de cabeça para baixo) até a 36ª semana de gestação.

No entanto, em alguns casos, eles permanecem na posição pélvica devido a fatores como prematuridade, pouco ou muito líquido amniótico, gestações múltiplas ou até alterações no útero, como miomas ou placenta prévia.

Essa posição pode trazer desafios para o parto e exige acompanhamento cuidadoso por parte da equipe médica.

Quantas semanas o bebê fica pélvico?

Os bebês podem ficar na posição pélvica durante a gestação, especialmente até a 28ª semana, quando é mais comum ver cerca de 20% a 25% deles nessa posição. No entanto, conforme a gravidez avança, essa porcentagem diminui. Até o final da gestação, apenas cerca de 3% a 4% dos bebês permanecem pélvicos.

Normalmente, espera-se que o bebê vire para a posição cefálica (de cabeça para baixo) até as 34 semanas. Se ele não fizer essa movimentação até as 36 semanas, pode ser necessário buscar ajuda médica para tentar virar o bebê, como a versão cefálica externa.

Portanto, se você está na reta final da gravidez e seu pequeno ainda está sentado, é uma boa ideia conversar com seu médico sobre as opções disponíveis!

Quais os riscos de um bebê pélvico?

Quando o bebê está em posição pélvica, isso pode trazer alguns riscos tanto para ele quanto para a mãe durante o parto.

Riscos para o Bebê

  • Lesões de Nascimento: Bebês pélvicos têm um risco maior de sofrer lesões durante o parto, como fraturas de ossos ou danos nos nervos. Isso é especialmente verdadeiro se o parto for rápido ou não for bem assistido.
  • Prolapso do Cordão Umbilical: Quando o bebê está na posição pélvica, há uma chance maior de o cordão umbilical ficar comprimido ou torcido durante o parto. Isso pode cortar o suprimento de oxigênio, levando a problemas sérios, como privação de oxigênio.
  • Dificuldade na Saída: A posição pélvica pode dificultar a passagem do bebê pelo canal de parto, aumentando as chances de ele ficar preso ou precisar de intervenções como fórceps ou ventosas.

Riscos para a Mãe

  • Parto Mais Doloroso e Complicado: O parto pélvico pode ser mais desafiador e doloroso para a mãe, resultando em uma experiência mais estressante.
  • Complicações na Cesárea: Se for necessária uma cesárea devido à posição pélvica, isso pode trazer riscos adicionais, como infecções, hemorragias e um tempo de recuperação mais longo.
  • Ansiedade e Estresse: A incerteza sobre como será o parto pode gerar ansiedade na mãe, impactando sua saúde mental no pós-parto.

Diferentes tipos de apresentação pélvica

Quando falamos sobre apresentação pélvica, estamos nos referindo a como o bebê se posiciona dentro da barriga da mãe. Em vez de estar de cabeça para baixo, como é o ideal para o parto, o bebê fica com as nádegas ou os pés voltados para o canal de parto.

Existem três tipos principais de apresentação pélvica, e cada uma tem suas características:

Pélvica Completa: Na apresentação pélvica completa, o bebê está sentado com as pernas dobradas nos joelhos e nas ancas, como se estivesse com as pernas cruzadas. Essa posição é um pouco mais confortável para ele, mas ainda pode causar desafios durante o parto.

Pélvica Franca: A pélvica franca é a mais comum. Aqui, o bebê tem os quadris flexionados, mas as pernas estão estendidas para cima, com os pés próximos à sua cabeça. Essa posição pode dificultar a passagem pelo canal de parto, mas é um pouco mais fácil de lidar do que outras variações.

Pélvica Incompleta (ou Culatra): Na apresentação pélvica incompleta, uma ou ambas as pernas estão estendidas. Isso significa que o bebê pode estar "sentado" com uma perna estendida ou até mesmo com ambas as pernas esticadas, fazendo com que os pés sejam a parte que se apresenta primeiro. Essa é a posição mais arriscada e geralmente requer uma cesárea.

Quais as possíveis causas?

Mulher grávida deitada, sendo examinada por um profissional da saúde.

Quando um bebê está na posição pélvica, várias coisas podem estar por trás disso. Vamos dar uma olhada nas possíveis causas que podem fazer com que o pequeno não se posicione de cabeça para baixo, como é o ideal para o parto.

Espaço no Útero: Um dos fatores mais comuns é o espaço disponível no útero. Se a mãe tiver um útero mais estreito ou se houver pouco líquido amniótico, o bebê pode não ter espaço suficiente para se mover e acabar ficando na posição pélvica.

Gestações Múltiplas: Em gestações de gêmeos ou mais, é mais provável que pelo menos um dos bebês fique em uma posição pélvica. Com tantos pequenos ocupando espaço, pode ser difícil para eles se posicionarem corretamente.

Anomalias Uterinas: Algumas mulheres podem ter anomalias no útero, como miomas ou septos, que podem interferir no espaço e na forma como o bebê se posiciona. Essas condições podem dificultar a movimentação do bebê e levar a uma apresentação pélvica.

Idade Gestacional: Bebês prematuros (aqueles que nascem antes de 37 semanas) têm mais chances de estarem em posição pélvica, já que ainda têm tempo para se mover e se posicionar corretamente conforme a gravidez avança.

Movimentação do Bebê: Às vezes, simplesmente pode ser que o bebê tenha uma personalidade mais "tranquila" e não sinta a necessidade de se mover tanto. Cada bebê tem seu próprio jeito de se comportar dentro da barriga!

Como é feito o diagnóstico?

Para descobrir se o bebê está em posição pélvica, o diagnóstico geralmente começa com um exame clínico feito pelo médico.

Primeiro, o médico vai fazer uma palpação na barriga da mamãe. Ele vai sentir onde estão as partes do corpo do bebê. Se a cabeça estiver na parte de cima do útero e as nádegas ou os pés estiverem na parte inferior, isso pode indicar que o bebê está pélvico. Além disso, se o coração do bebê for ouvido mais alto no abdômen da mãe, isso também pode ser um sinal.

Para ter certeza, um ultrassom é uma ferramenta super útil. Geralmente, esse exame é feito por volta da 35ª semana de gestação. O ultrassom ajuda a visualizar a posição exata do bebê e pode até mostrar que tipo de apresentação pélvica ele está (completa, franca ou incompleta).

Em alguns casos, a apresentação pélvica só é descoberta durante o trabalho de parto, especialmente se não houver sinais claros antes disso. Isso pode acontecer quando a mãe começa a sentir contrações e os médicos fazem um exame vaginal para verificar a posição do bebê.

Opções de manejo do bebê pélvico

Quando o bebê está em posição pélvica, existem algumas opções de manejo que podem ajudar a lidar com essa situação.

Versão Cefálica Externa (VCE): Uma das opções mais comuns é a Versão Cefálica Externa. Esse é um procedimento em que o médico tenta virar o bebê de cabeça para baixo, usando manobras suaves no abdômen da mãe. Geralmente, isso é feito após a 36ª semana de gestação e pode ter uma boa taxa de sucesso. Durante o procedimento, o bebê é monitorado para garantir que tudo esteja bem.

Parto Vaginal Pélvico: Embora o parto vaginal pélvico seja possível, ele requer condições específicas e um profissional experiente. O médico deve estar preparado para lidar com as manobras necessárias para ajudar o bebê a sair. Isso geralmente é feito em um ambiente hospitalar, onde há recursos disponíveis para emergências.

Parto Cesárea: Muitas vezes, uma cesárea é recomendada para bebês pélvicos, especialmente se houver riscos associados ao parto vaginal. A cesárea pode ser agendada ou realizada assim que os sinais de trabalho de parto começarem. Essa opção é geralmente considerada mais segura para evitar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê.

Exercícios e Técnicas: Além das opções médicas, algumas mães optam por tentar exercícios e técnicas que podem ajudar a virar o bebê antes do parto, como spinning babies (uma técnica que envolve alongamentos e posturas específicas para ajudar a relaxar os músculos e permitir que o bebê se mova) e acupuntura ou moxabustão (práticas da medicina tradicional chinesa, que podem ajudar a estimular o movimento do bebê).

Independentemente da escolha feita, é fundamental ter um bom acompanhamento médico durante toda a gestação. Consultas regulares ajudam a monitorar a posição do bebê e discutir as melhores opções de manejo.

Como essa posição pode influenciar o planejamento do parto?

Quando o bebê está na posição pélvica, isso pode influenciar bastante o planejamento do parto.

A posição pélvica geralmente leva a um debate sobre o tipo de parto. Se o bebê não virar para a posição cefálica (de cabeça para baixo) até a 36ª semana, pode ser necessário considerar uma cesárea, já que o parto vaginal pélvico tem mais riscos. No entanto, algumas mães optam por tentar um parto vaginal pélvico, mas isso só deve ser feito em ambientes hospitalares com profissionais experientes.

Se o bebê permanecer pélvico, pode haver a necessidade de intervenções durante o parto. Isso pode incluir o uso de fórceps ou ventosas para ajudar a guiar o bebê durante a saída. Essas intervenções podem aumentar o tempo de trabalho de parto e, em alguns casos, levar a complicações.

Saber que seu bebê está pélvico também pode gerar ansiedade e estresse sobre como será o parto. Por isso, é importante ter um bom suporte emocional e conversar abertamente com seu médico sobre suas preocupações. Isso vai ajudar você a se sentir mais preparada e confiante para o que está por vir.

Se você souber que seu bebê está pélvico, é bom planejar com antecedência. Isso inclui discutir opções de parto com seu médico, considerar a possibilidade de uma cesárea e estar ciente dos riscos associados ao parto vaginal pélvico.

Conclusão

Ao longo deste texto, vimos que a posição pélvica do bebê é uma preocupação que pode gerar ansiedade tanto para os pais quanto para a equipe médica.

Essa condição, embora menos comum, pode trazer riscos significativos durante o parto, incluindo lesões para o bebê e complicações para a mãe. É fundamental entender as diferentes apresentações pélvicas e as possíveis causas que levam a essa situação.

Felizmente, existem opções de manejo que podem ajudar a lidar com um bebê pélvico, como a versão cefálica externa e a escolha entre parto vaginal ou cesárea, dependendo das circunstâncias. O acompanhamento médico é essencial para garantir a segurança de ambos durante esse processo.

Se você está enfrentando essa situação, não hesite em conversar com seu obstetra sobre suas preocupações e as melhores opções para o seu caso. Com o suporte certo e informações adequadas, é possível ter um parto mais tranquilo e seguro. Lembre-se: cada gravidez é única, e o importante é cuidar da saúde da mãe e do bebê!

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.

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