Baby blues: o que é e quais os principais sintomas
Apesar de terem muito em comum, o baby blues e a depressão pós-parto são transtornos diferentes e afetam a mãe de formas distintas. Entenda quais os principais sintomas e como lidar com esse problema.
A gravidez foi uma montanha russa de emoções. O positivo, a espera, a compra dos primeiros itens do enxoval, o chá de bebê, a barriga crescendo, a emoção das primeiras ultras e ouvir o coraçãozinho do bebê batendo mais forte dentro de você… Até que o bebê nasce. E tudo o que você pensou e esperou desse momento não acontece, e toda a magia da maternidade acaba virando um misto de vários sentimentos desconhecidos: o cansaço excessivo, a autocobrança, o vazio, a vontade de fugir ou a sensação de que perdeu sua identidade. Se você se identificou com alguma dessas situações (ou com todas), você pode estar sofrendo um fenômeno chamado de baby blues, ou melancolia pós-parto.
Tristeza, insônia e alterações de humor são os sintomas mais comuns
O baby blues costuma causar sintomas muito característicos em mães na fase do puerpério: irritabilidade, insônia, ansiedade, tristeza excessiva e vontade de chorar com frequência, alterações de humor, falta de libido, falta ou excesso de fome, insegurança e autodepreciação são algumas das sensações mais comuns nas mães que sofrem com a melancolia pós-parto. O pensamento de que não conseguirá dar conta da criança em alguns momentos também é muito comum nessa situação, com frequentes pensamentos de desespero e desesperança.
A diferença entre depressão pós-parto e baby blues
Os dois transtornos possuem sintomas tão semelhantes que fica difícil diferenciar o baby blues da depressão pós-parto. A maioria das pessoas acredita que a diferença consiste na duração dos sintomas, mas na verdade, o que atravessa a linha tênue entre melancolia e depressão é a intensidade dos mesmos. Se o baby blues costuma causar desesperança, por sua vez, a depressão pós-parto incide uma falta de vontade de viver. Uma mãe que sofre de baby blues provavelmente conseguirá manter sua rotina diária, até mesmo de cuidados com os filhos, enquanto uma mãe em processo de depressão pós-parto dificilmente conseguirá seguir seus hábitos cotidianos. Outro ponto é que o baby blues costuma durar cerca de 15 dias, já a depressão pós-parto pode se prolongar por meses.
Rede de apoio é fundamental para superar o baby blues
Com os hormônios ainda em grande desajuste e uma rotina nova, cansativa e intensa, fica muito difícil para a mãe sair de uma melancolia pós-parto sozinha. Nesse momento, é imprescindível uma rede de apoio, seja do companheiro, da família ou de amigos para acompanhar a mãe no processo de cuidados com os filhos e consigo mesma. Pedir ajuda também é muito importante: não fazer tudo para o bebê não significa que você seja uma mãe relapsa ou ruim, apenas humana. Em casos mais intensos, se sentir necessidade, o apoio psicológico poderá ser fundamental para que a mãe se recupere.
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