Qual é o melhor andador para o bebê?
A Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda o uso de andadores para bebê; o dispositivo oferece perigos à criança.
Quer saber qual é o melhor andador para o bebê? Aqui vai uma resposta que pode te surpreender: não existe. A Sociedade Brasileira de Pediatra, em conjunto com outras organizações (como a Criança Segura), realiza desde 2013 um movimento com o objetivo de banir o uso do andador infantil no país. Em alguns países – como Canadá – a comercialização desses dispositivos já é proibida.
Muito popular há algumas décadas para incentivar os primeiros passos da criança, o brinquedo passa a falsa impressão de que possibilita que as crianças se exercitem, aprendam a andar mais rápido e tenham mais liberdade para circular.
Para os pais que ainda têm dúvidas sobre o uso do andador ou julgam o brinquedo como inofensivo, o Nestlé Baby&Me explica quais são os perigos que o dispositivo oferece. Confira!
Pode causar problemas na coluna do bebê
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, ao usar o andador, o bebê acaba sobrecarregando a coluna e a estrutura óssea, e ao sustentar o peso sobre outro objeto, (e não sobre si mesmo), o bebê tem o desenvolvimento da musculatura e das articulações comprometido.
Além disso, ele aprende a pisar no chão da forma errada, já que os pequenos andam na ponta dos pés para se equilibrarem sobre o andador, causando mais prejuízos na coluna a longo prazo.
Pode provocar acidentes
Com o andador, bebês caminham em uma velocidade ainda mais rápida. Isso pode causar quedas e lesões graves. “Um terço dessas lesões são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando hospitalização. Algumas crianças sofrem queimaduras, intoxicações e afogamentos relacionados diretamente com o uso do andador, mas a grande maioria sofre quedas”, diz artigo ‘Andador: perigoso e desnecessário’, produzido pelo Departamento de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O documento aponta que, dos casos mais graves, cerca de 80% são de quedas de escadas. Nos Estados Unidos, num período de 25 anos, foram registradas 34 mortes causadas por andadores. E não pense que isso se dá por falta de monitoramento, porque cerca de 70% das crianças que sofreram traumatismos com andadores estavam sob a supervisão de um adulto.
O bebê começa a andar mais tarde
O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da criança. Bebês que utilizam andadores levam mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além disso, engatinham menos e atrasam outros marcos do desenvolvimento infantil.
Os bebês precisam passar pelas fases de engatinhar, sentar, ficar em pé e se equilibrar para conseguirem sustentar o peso do corpo e caminharem sozinhos. Com o uso do andador, esse processo é prejudicado.
Liberdade demais é um perigo
Por um lado, é verdade que o andador confere independência à criança, mas, por outro, especialistas em segurança infantil insistem que um dos maiores fatores de risco é dar independência demais numa fase em que a criança ainda não tem a mínima noção de perigo.
Atraso no desenvolvimento cognitivo
Por estar ligado ao dispositivo, o bebê perde mobilidade para explorar os objetos que estão à sua volta. Por não poder engatinhar, o pequeno não desenvolve a capacidade sensorial em relação aos elementos que encontra no solo, ou seja, não explora formas nem cores.
Saiba mais sobre marcos do desenvolvimento infantil
Confira a entrevista completa da Dra. Flávia Mariano ao Baby&Me videocast e saiba mais sobre os marcos do desenvolvimento infantil.
Além disso, o Nestlé Baby&Me tem uma série de artigos com dicas dos profissionais da área da saúde para o melhor desenvolvimento do seu filho. Acesse já e tire as suas dúvidas!
As orientações acima não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o pediatra do seu filho para obter orientações individualizadas.
Fontes:
sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/andador-perigoso-e-desnecessario/
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