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Amamentação em livre demanda: o que é, quando começa e como funciona?

Nos primeiros meses, é normal que a bebê mame com frequência e sem horários regulares. É o que se chama de amamentação em livre demanda.

6mins para ler Jun 12, 2023

Introdução

Existe uma crença popular, passada de gerações em gerações, de que não faz sentido ser rígido em relação aos horários para oferecer leite materno aos bebês.

O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a amamentação em livre demanda, ou seja, que a mãe alimente o seu bebê respeitando o ritmo e as necessidades da sua criança.

Nesse método, a mãe oferece o peito sempre que o bebê manifestar sinais de fome, como chorar, mexer a boca ou as mãos, ou procurar o seio. Não há horários fixos nem tempo limite para cada mamada. O bebê mama até ficar satisfeito e decide quando quer mamar de novo.

Ao longo deste artigo, você terá mais detalhes sobre a amamentação em livre demanda, os seus benefícios e as orientações dos grandes órgãos de saúde.

Boa leitura!

Como funciona a alimentação livre demanda?

A amamentação em livre demanda não significa que a mãe deve ficar o tempo todo com o bebê no colo ou no peito. Pelo contrário, o bebê é quem determina a necessidade.

Para isso, a mãe deve observar os sinais do bebê e oferecer o peito quando ela tiver certeza de que o seu filho está com fome. Além disso, a lactante também pode estimular outras formas de interação, como brincar, conversar ou cantar. O importante é respeitar o ritmo do bebê e atender às suas necessidades com amor e carinho.

Leia mais: Teste da linguinha: saiba por que ele é tão importante

O que é amamentar em livre demanda?

Amamentar de três em três horas ou em livre demanda? O Ministério da Saúde responde:

“Recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama. É o que se chama de amamentação em livre demanda”, define o estudo ‘Saúde da Criança: Nutrição Infantil’, publicado na biblioteca virtual do Ministério da Saúde. De acordo com o documento, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia.

Muitas mães costumam interpretar esse comportamento, que é absolutamente normal, como sinal de fome do bebê, de leite fraco – o que não existe – ou de pouco leite. Isso pode resultar na introdução precoce e desnecessária de alimentos. A recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que o aleitamento materno seja exclusivo até o sexto mês de vida, e que as dificuldades e desafios dessa fase não provoquem o desmame.

Os benefícios da amamentação em livre demanda

Para a mãe, amamentar em livre demanda estimula a produção de leite. É justamente o ato de dar de mamar que faz a mama produzir o alimento. Além disso, evita as chances de desenvolver mastite, ingurgitamento mamário e outros problemas relacionados à amamentação.

“Amamentação em livre demanda, iniciada o mais cedo possível, preferencialmente logo após o parto, e com técnica correta, e o não uso de complementos (água, chás e outros leites), são medidas eficazes na prevenção do ingurgitamento mamário”, mostra o estudo do Ministério da Saúde.

Em relação ao bebê, os benefícios são voltados à nutrição e ao desenvolvimento. O leite materno contém uma série de nutrientes essenciais para o melhor desenvolvimento da criança. Além disso, satisfeito, o bebê se mantém calmo por mais tempo, o que garante melhor sono.

Benefícios do aleitamento materno para o bebê

De acordo com as informações do Ministério da Saúde, o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diarréia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, leva à melhor nutrição e reduz a chance de obesidade. Tudo isso sem contar que contribui para o desenvolvimento da cavidade bucal do bebê e promove o vínculo afetivo entre mãe e filho.

Leia mais: O leite materno e o cérebro do seu bebê

É normal o bebê querer mamar o tempo todo?

Até pelo que foi descrito acima sobre amamentação em livre demanda, não existe uma regra geral para definir se é normal ou não o bebê querer mamar o tempo todo. 

Cada caso deve ser avaliado individualmente, levando em conta os sinais de bem-estar do bebê e as orientações do pediatra. O mais importante é que a mãe confie em seu instinto materno e siga a livre demanda do bebê, ou seja, ofereça o peito sempre que ele quiser e pelo tempo que ele quiser.

Geralmente, a frequência das mamadas varia de acordo com a idade e a demanda do bebê. Nos primeiros dias de vida, é normal que o bebê mame a cada duas ou três horas, pois seu estômago é pequeno e o leite materno é facilmente digerido. 

Com o passar do tempo, o intervalo entre as mamadas pode aumentar, mas isso não significa que o bebê esteja mamando menos. Ele pode estar mamando mais em cada mamada, ou seja, aumentando a quantidade de leite ingerido.

Leia mais: Até quando devo amamentar?

Como saber se o bebê está satisfeito com o leite materno?

Foto de mãe amamentando bebê

Interpretar através de sinais se o bebê está satisfeito com o leite materno é uma das tantas dúvidas das mães para saber se estão cumprindo bem o dever do aleitamento materno.

Dessa maneira, realmente sinais podem ajudar a mãe a perceber se o seu bebê está bem alimentado ou não. 

Por exemplo, você deve prestar atenção ao seguinte:

  • O bebê mama com frequência e ritmo, sugando e engolindo o leite. Você pode ouvir ou sentir o bebê engolindo o leite durante a mamada;
  • Se o bebê solta do peito ou adormece após a mamada, mostrando-se relaxado e tranquilo; 
  • Na consulta periódica ao pediatra, se o bebê está no peso ideal é um indicador de que ele está recebendo leite suficiente.
  • Nos primeiros meses é normal o bebê molhar de seis a oito fraldas por dia com urina clara e sem cheiro. A quantidade e a cor da urina são sinais de que o bebê está bem hidratado;
  • O bebê faz cocô amarelo-mostarda, pastoso e com grânulos, a partir do quinto dia de vida. O cocô do bebê que mama exclusivamente no peito tem essa aparência característica;
  • A energia dos movimentos é ótimo indicador de satisfação. O bebê está em alerta e ativo nos intervalos entre as mamadas, mexendo-se bem e com vigor.

Leia Mais: Regurgitação em bebês, o que fazer?

Conclusão

Com essas orientações, você entende que o bebê tem o seu próprio ritmo e padrão de alimentação, e que a produção de leite se adapta à demanda.

Ao observar esses sinais no seu bebê, a mãe pode ficar tranquila que ele está se alimentando bem e ficando satisfeito com o seu leite. 

Sempre que tiver dúvidas ou problemas relacionados à amamentação ou alimentação do seu bebê, não deixe de consultar o seu profissional de saúde. Ele irá avaliar se o crescimento está apropriado e irá orientar sobre a melhor conduta alimentar a seguir.

As dicas não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o pediatra de seu filho para obter orientações individualizadas.

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