Amamentação em livre demanda: o que é, quando começa e como funciona?
Introdução
Existe uma crença popular, passada de gerações em gerações, de que não faz sentido ser rígido em relação aos horários para oferecer leite materno aos bebês.
O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a amamentação em livre demanda, ou seja, que a mãe alimente o seu bebê respeitando o ritmo e as necessidades da sua criança.
Nesse método, a mãe oferece o peito sempre que o bebê manifestar sinais de fome, como chorar, mexer a boca ou as mãos, ou procurar o seio. Não há horários fixos nem tempo limite para cada mamada. O bebê mama até ficar satisfeito e decide quando quer mamar de novo.
Ao longo deste artigo, você terá mais detalhes sobre a amamentação em livre demanda, os seus benefícios e as orientações dos grandes órgãos de saúde.
Boa leitura!
Como funciona a alimentação livre demanda?
A amamentação em livre demanda não significa que a mãe deve ficar o tempo todo com o bebê no colo ou no peito. Pelo contrário, o bebê é quem determina a necessidade.
Para isso, a mãe deve observar os sinais do bebê e oferecer o peito quando ela tiver certeza de que o seu filho está com fome. Além disso, a lactante também pode estimular outras formas de interação, como brincar, conversar ou cantar. O importante é respeitar o ritmo do bebê e atender às suas necessidades com amor e carinho.
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O que é amamentar em livre demanda?
Amamentar de três em três horas ou em livre demanda? O Ministério da Saúde responde:
“Recomenda-se que a criança seja amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama. É o que se chama de amamentação em livre demanda”, define o estudo ‘Saúde da Criança: Nutrição Infantil’, publicado na biblioteca virtual do Ministério da Saúde. De acordo com o documento, um bebê em aleitamento materno exclusivo mama de oito a 12 vezes ao dia.
Muitas mães costumam interpretar esse comportamento, que é absolutamente normal, como sinal de fome do bebê, de leite fraco – o que não existe – ou de pouco leite. Isso pode resultar na introdução precoce e desnecessária de alimentos. A recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que o aleitamento materno seja exclusivo até o sexto mês de vida, e que as dificuldades e desafios dessa fase não provoquem o desmame.
Os benefícios da amamentação em livre demanda
Para a mãe, amamentar em livre demanda estimula a produção de leite. É justamente o ato de dar de mamar que faz a mama produzir o alimento. Além disso, evita as chances de desenvolver mastite, ingurgitamento mamário e outros problemas relacionados à amamentação.
“Amamentação em livre demanda, iniciada o mais cedo possível, preferencialmente logo após o parto, e com técnica correta, e o não uso de complementos (água, chás e outros leites), são medidas eficazes na prevenção do ingurgitamento mamário”, mostra o estudo do Ministério da Saúde.
Em relação ao bebê, os benefícios são voltados à nutrição e ao desenvolvimento. O leite materno contém uma série de nutrientes essenciais para o melhor desenvolvimento da criança. Além disso, satisfeito, o bebê se mantém calmo por mais tempo, o que garante melhor sono.
Benefícios do aleitamento materno para o bebê
De acordo com as informações do Ministério da Saúde, o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade até os cinco anos, evita diarréia e infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, diabetes, colesterol alto e hipertensão, leva à melhor nutrição e reduz a chance de obesidade. Tudo isso sem contar que contribui para o desenvolvimento da cavidade bucal do bebê e promove o vínculo afetivo entre mãe e filho.
Leia mais: O leite materno e o cérebro do seu bebê
É normal o bebê querer mamar o tempo todo?
Até pelo que foi descrito acima sobre amamentação em livre demanda, não existe uma regra geral para definir se é normal ou não o bebê querer mamar o tempo todo.
Cada caso deve ser avaliado individualmente, levando em conta os sinais de bem-estar do bebê e as orientações do pediatra. O mais importante é que a mãe confie em seu instinto materno e siga a livre demanda do bebê, ou seja, ofereça o peito sempre que ele quiser e pelo tempo que ele quiser.
Geralmente, a frequência das mamadas varia de acordo com a idade e a demanda do bebê. Nos primeiros dias de vida, é normal que o bebê mame a cada duas ou três horas, pois seu estômago é pequeno e o leite materno é facilmente digerido.
Com o passar do tempo, o intervalo entre as mamadas pode aumentar, mas isso não significa que o bebê esteja mamando menos. Ele pode estar mamando mais em cada mamada, ou seja, aumentando a quantidade de leite ingerido.
Leia mais: Até quando devo amamentar?
Como saber se o bebê está satisfeito com o leite materno?
Interpretar através de sinais se o bebê está satisfeito com o leite materno é uma das tantas dúvidas das mães para saber se estão cumprindo bem o dever do aleitamento materno.
Dessa maneira, realmente sinais podem ajudar a mãe a perceber se o seu bebê está bem alimentado ou não.
Por exemplo, você deve prestar atenção ao seguinte:
- O bebê mama com frequência e ritmo, sugando e engolindo o leite. Você pode ouvir ou sentir o bebê engolindo o leite durante a mamada;
- Se o bebê solta do peito ou adormece após a mamada, mostrando-se relaxado e tranquilo;
- Na consulta periódica ao pediatra, se o bebê está no peso ideal é um indicador de que ele está recebendo leite suficiente.
- Nos primeiros meses é normal o bebê molhar de seis a oito fraldas por dia com urina clara e sem cheiro. A quantidade e a cor da urina são sinais de que o bebê está bem hidratado;
- O bebê faz cocô amarelo-mostarda, pastoso e com grânulos, a partir do quinto dia de vida. O cocô do bebê que mama exclusivamente no peito tem essa aparência característica;
- A energia dos movimentos é ótimo indicador de satisfação. O bebê está em alerta e ativo nos intervalos entre as mamadas, mexendo-se bem e com vigor.
Leia Mais: Regurgitação em bebês, o que fazer?
Conclusão
Com essas orientações, você entende que o bebê tem o seu próprio ritmo e padrão de alimentação, e que a produção de leite se adapta à demanda.
Ao observar esses sinais no seu bebê, a mãe pode ficar tranquila que ele está se alimentando bem e ficando satisfeito com o seu leite.
Sempre que tiver dúvidas ou problemas relacionados à amamentação ou alimentação do seu bebê, não deixe de consultar o seu profissional de saúde. Ele irá avaliar se o crescimento está apropriado e irá orientar sobre a melhor conduta alimentar a seguir.
As dicas não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o pediatra de seu filho para obter orientações individualizadas.
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