Alergia a medicamentos: sintomas, causas e tratamento
Saiba mais sobre a alergia medicamentosa, conheça os medicamentos que mais causam reações alérgicas e opções de tratamento. Leia mais!
Introdução
A alergia a medicamentos é uma resposta do sistema imunológico a determinadas substâncias presentes em medicamentos, podendo variar em gravidade e manifestações.
Se você está em busca de mais informações sobre esse tema, este artigo vai te ajudar a esclarecer suas dúvidas.
Ao longo deste conteúdo, vamos explorar detalhadamente o que caracteriza a alergia a medicamentos, os sinais indicativos dessa condição, quais categorias de medicamentos são mais propensas a desencadear reações alérgicas e as opções de tratamento disponíveis.
Boa leitura!
O que é alergia a medicamentos?
A alergia a medicamentos é uma resposta do sistema imunológico a certas substâncias presentes nos medicamentos.
É importante distinguir entre reações adversas comuns e reações alérgicas genuínas. Muitas vezes, as pessoas associam efeitos colaterais como desconforto estomacal após o uso de aspirina a uma alergia, mas isso não constitui uma reação alérgica, mas sim uma reação adversa.
As reações alérgicas a medicamentos são menos comuns, mas envolvem a ativação do sistema imunológico pelo medicamento.
Ao contrário de outras reações adversas, a quantidade de medicamento ingerida não está diretamente relacionada à gravidade ou ao número de reações alérgicas. Pois mesmo uma pequena quantidade do medicamento pode desencadear uma resposta alérgica em pessoas sensíveis.
Sintomas de alergia medicamentosa
A alergia a medicamentos pode se manifestar de diversas maneiras, desde reações leves até situações graves e perigosas. Aqui estão alguns sintomas que as pessoas alérgicas a um medicamento podem experimentar:
- Erupção cutânea e coceira: a pele pode desenvolver manchas vermelhas ou uma erupção cutânea acompanhada de coceira intensa;
- Febre: a alergia pode causar um aumento na temperatura corporal, levando a episódios febris;
- Constrição das vias aéreas e sibilos: em casos mais graves, pode ocorrer uma sensação de aperto no peito, dificuldade para respirar e sons agudos ao respirar, conhecidos como sibilos.
- Inchaço dos tecidos: algumas áreas do corpo, como a caixa de voz (laringe) e a abertura entre as cordas vocais, podem inchar. Esse inchaço pode dificultar a respiração.
- Queda da pressão arterial: em situações críticas, a alergia a medicamentos pode levar a uma redução significativa da pressão arterial, alcançando níveis perigosamente baixos.
É essencial entender que a gravidade dos sintomas pode variar de pessoa para pessoa. Em qualquer caso de suspeita de alergia a medicamentos, é crucial procurar assistência médica imediatamente.
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Quais medicamentos mais causam alergia?
A automedicação é um hábito comum, mas que muitas vezes, pode resultar em reações alérgicas adversas.
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), aproximadamente 16 milhões de brasileiros são alérgicos a algum tipo de medicamento. Os mais propensos a desencadear reações alérgicas são geralmente utilizados sem orientação médica.
Alguns líderes na causa de alergias medicamentosas são:
- Analgésicos e Anti-inflamatórios: Esses medicamentos ocupam o primeiro lugar na lista, representando uma parcela significativa das reações alérgicas. Entre eles, a dipirona e o diclofenaco são os mais populares, frequentemente administrados sem supervisão médica.
- Antibióticos: Em segundo lugar estão os antibióticos, amplamente utilizados na automedicação. A ASBAI destaca a incidência de reações alérgicas relacionadas ao uso frequente de penicilina, estimada em cerca de 2%.
Por isso, antes de começar a ingerir qualquer medicamento, consulte um profissional de saúde. Ele saberá dizer qual é a conduta mais apropriada para cada situação.
Tratamento para alergia medicamentosa
Conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), o tratamento da alergia medicamentosa é essencialmente direcionado para aliviar os sintomas e interromper a exposição à substância desencadeadora. Aqui, estão algumas abordagens comuns:
1. Suspensão do medicamento suspeito:
O passo inicial é interromper imediatamente o uso do medicamento suspeito de causar a reação alérgica. Isso ajuda a evitar a continuidade ou agravamento dos sintomas.
2. Uso de anti-histamínicos:
Anti-histamínicos, disponíveis em formas orais ou injetáveis, são frequentemente prescritos para controlar sintomas como erupções cutâneas, coceira e outras reações alérgicas.
3. Corticosteróides:
Derivados da cortisona, administrados oralmente, topicamente na pele ou por meio de injeções, podem ser indicados para reduzir a inflamação e controlar reações alérgicas mais intensas.
4. Abordagem em casos graves (anafilaxia):
Em situações de reações sistêmicas graves, como anafilaxia, que podem envolver choque alérgico e edema de glote, impedindo a respiração, a administração de adrenalina é crucial.
Geralmente aplicada subcutaneamente, a adrenalina é acompanhada por outras drogas com propriedades antialérgicas. Essa intervenção visa garantir a adequada respiração, manter níveis de pressão arterial e assegurar uma hidratação adequada.
É importante ressaltar que qualquer abordagem de tratamento deve ser supervisionada por um profissional de saúde para garantir eficácia e segurança.
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Conclusão
Neste artigo, destacamos que as reações alérgicas ocorrem devido a algum composto do medicamento ingerido. Esclarecemos que confundir reações adversas com alergia medicamentosa é comum.
Quanto aos sintomas relacionados a alergia a medicamentos, mencionamos que podem variar de pessoa para pessoa, desde erupções cutâneas até reações graves, como constrição das vias aéreas e queda da pressão arterial. A diversidade desses sintomas ressalta a importância de reconhecer prontamente uma reação alérgica.
Mencionamos também que os analgésicos e anti-inflamatórios lideram quando o assunto é alergia medicamentosa, seguidos pelos antibióticos. Alertamos sobre o uso indiscriminado de medicamentos populares, como dipirona e diclofenaco, sem orientação médica, ressaltando os riscos associados.
Quanto ao tratamento diante de uma crise alérgica, destacamos a suspensão imediata do medicamento causador e a aplicação de anti-histamínicos e corticosteróides. Em casos graves, como anafilaxia, a administração de adrenalina é vital, evidenciando a necessidade de medidas rápidas e precisas.
Concluímos reiterando a importância de buscar orientação médica diante de qualquer suspeita de alergia a medicamentos. A pronta intervenção e a compreensão profunda dessas questões são fundamentais para assegurar a saúde e o bem-estar de todos. Continue acompanhando o Nestlé Baby&Me para mais informações relevantes sobre saúde e temas relacionados.
Referências
Manual MSD - Versão saúde para a família. Considerações gerais sobre reações adversas medicamentosas. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/medicamentos/rea%C3%A7%C3%B5es-ad…;
Manual MSD - Versão saúde para a família. Alergias a medicamentos. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/medicamentos/rea%C3%A7%C3%B5es-ad…;
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Medicamentos usados sem orientação médica são os que mais causam alergias. Disponível em: <https://asbai.org.br/medicamentos-usados-sem-orientacao-medica-sao-os-q…;
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Alergia a medicamentos. Disponível em: <http://sbai.org.br/secao.asp?s=81&id=304>
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